Filha de Arlindo Cruz denuncia caso de importunação sexual

Publicado em 01/05/2023

Importunação sexual é um crime previsto
no artigo 215-A do Código Penal Brasileiro, e condena a prática de ato
libidinoso (que tem como objetivo a satisfação sexual) na presença de alguém,
sem autorização. Apalpar, lamber, tocar, desnudar, masturbar-se ou ejacular,
são uns dos exemplos.

Na
última semana, a influenciadora Flora Cruz, de 20 anos, filha do sambista Arlindo
Cruz, passou por um episódio de importunação sexual por um homem se 64 anos,
que cuidada do seu pai.

A
jovem resolveu desabafar e relatou o caso em suas redes sociais e também registrou
o caso na Delegacia da Mulher. A Polícia Civil abriu inquérito para
investigar homem, mas ele ainda não compareceu à delegacia para prestar
depoimento.

Durante
entrevista ao jornal O Globo, Flora
detalhou o episódio que aconteceu dentro da sua casa, durante a madrugada da
última segunda-feira. “O que aconteceu comigo eu não desejo para
ninguém. Nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer dentro da minha
casa”, contou

Segundo ela, quando tudo aconteceu, estava somente ela, o Arlindo e o homem dentro da casa. “Só
tinha eu, ele e o meu pai em casa. Eu estava tomando banho, quando ele bateu na
porta do banheiro perguntando que horas meu irmão viria para casa. Eu disse que
não sabia. Na hora, pensei que fosse alguma coisa urgente com o Arlindão, mas
não era. Nunca estranhei o comportamento dele. De todos, ele era o mais velho
da equipe, estudava, vivia lendo, parecia ser mais tranquilo, ele era a pessoa
que cuidava do amor da minha vida, do meu bem maior, que é meu pai”,
relembrou. 

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Ela continuou relatando sobre o momento de desespero que viveu. ” Eu deitei para
dormir e acordei com ele deitado na minha cama, do meu lado, com ereção,
colocando a mão em mim. Ele queria me convencer que eu tinha que ficar com ele,
disse que tinha me visto sem roupa. Eu dei um berro, disse que não, e ele saiu
do quarto pedindo desculpa. Ele parecia desnorteado, meio louco. Fiquei
desesperada, com muito medo. Eu fiquei calada dentro do quarto, chorando.
Comecei a ligar e mandar mensagem para um monte de gente, mas não conseguia
falar com ninguém. Fiquei com medo de ele me ouvir e tentar fazer alguma
maldade comigo ou com meu pai”, contou. 

O suspeito ainda teria
culpabilizado a vítima, alegando que ela o teria ‘provocado’. “Depois que
eu fui à delegacia, ele me mandou mensagem para perguntar se eu sabia o que era
assédio, que eu era quem estava o provocando, pelas roupas que eu usava, pelo
meu jeito de ficar em casa. Eu pensei muito em não denunciar. Fiquei com muita
vergonha. É muito difícil. Minha advogada e minha equipe me orientaram a
registrar. Quando eu cheguei na delegacia, tinha mais de 20 mulheres com
crianças, e aí pensei na importância de estar denunciando”.

 “Não tenham
vergonha, não tenham medo, se tiverem, denunciem assim mesmo”,
finalizou, Flora, alertando para que as pessoas denunciem situações de violência. 


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