UFRA e forma Pará construirão laboratórios itinerantes

Publicado em 14/07/2023

A Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) está investindo em laboratórios móveis de última geração para enriquecer as aulas práticas do curso de Medicina Veterinária oferecido nos municípios de Portel e Parauapebas. As melhorias na educação serão realizadas a partir do programa Forma Pará, que busca ampliar o acesso à educação profissional e tecnológica.

O tratado para o início dos tramites foi na última terça-feira (11) em um convênio entre a Ufra, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) e a Fundação de Amparo ao Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) para dar início aos trâmites de construção desses laboratórios. O valor aprovado para o projeto é de mais de 6 milhões de reais que serão destinados à construção de 10 laboratórios itinerantes em contêineres, conhecidos como Complexo de Medicina Veterinária (ComVet).

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Coordenado pelos professores e médicos veterinários Michele Velasco, José Sindeaux e Deborah Oliveira, com a colaboração do professor Rinaldo Viana, o projeto COMVET oferece oportunidades de desenvolvimento de atividades de extensão e pesquisaem diversas áreas de conhecimento da Medicina Veterinária. Os laboratórios serão utilizados também para ministrar cursos de capacitação para pequenos produtores rurais, realizar ações itinerantes nos municípios onde o curso de Medicina Veterinária da Ufra está sendo oferecido, prestar atendimento médico-veterinário, promover campanhas de vacinação e castração de cães e gatos, entre outras atividades.

Cada laboratório móvel atenderá a práticas diferentes. Os equipamentos adquiridos serão os mais avançados utilizados na aplicação prática das disciplinas do curso de Medicina Veterinária, incluindo microscópios, espectrofotômetros, equipamentos de ultrassom, eletrocardiogramas e entre outros. Uma das inovações é a aquisição de simuladores de animais. Segundo a professora Michele Velasco, o Laboratório Móvel de Farmacologia Clínica e Habilidades Práticas por Simulação contará com manequins que reproduzem de forma realista diferentes situações clínicas.

“Através dos simuladores animais, os estudantes terão a oportunidade de realizar procedimentos terapêuticos em um ambiente semelhante ao que encontrarão na prática clínica. O contato inicial com esses manequins ajudará a reduzir o impacto emocional dos estudantes ao realizarem técnicas básicas em animais de estimação de clientes reais, além de eliminar dúvidas na execução de procedimentos, garantindo assim a segurança dos pacientes veterinários”, explica Michele.

A construção de “castramóvel” para cães e gatos também está inclusa no projeto e ajudará a cuidar da saúde dos animais domésticos principalmente nas áreas rurais dos municípios para garantir que todos tenham acesso à estrutura da Universidade e do programa Forma Pará. 

Os contêineres serão do tipo marítimo e contarão com revestimento interno, janelas, bancadas, pias, sistemas elétricos e hidráulicos, bem como sistemas de ar-condicionado. Quando não estiverem sendo utilizados nas turmas de Portel e Parauapebas, os contêineres ficarão em uma base no Campus Belém da UFRA  e poderão ser direcionados para atender às turmas de Medicina Veterinária do campus principal. As ações para a construção dos contêineres e aquisição de todos os materiais médico-veterinários e laboratoriais necessários para equipar os laboratórios serão iniciadas assim que os recursos forem repassados pela Fadesp.

Essa é a primeira vez que o curso de Medicina Veterinária é oferecido fora do campus principal, o que torna crucial a garantia de uma estrutura adequada para a formação dos profissionais e o bom funcionamento das aulas, como destaca a professora Telma Batista, representante institucional do Forma Pará na Ufra. “As duas turmas formarão 100 novos médicos veterinários. Esses profissionais estarão capacitados para atuar em todo o estado, especialmente na região do Marajó e no sudeste paraense. A estrutura móvel foi a solução encontrada pela instituição para levar um ensino de qualidade aos campi do interior, sem a necessidade de construir laboratórios fixos em cada local”, conclui.


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