Trânsito: Pará tem mais de 1 milhão de motos

Publicado em 29/12/2023

No Pará, houve um aumento no número de motocicletas licenciadas este ano, conforme dados do Ministério dos Transportes. O levantamento indica que, em setembro de 2022, 1.040.507 motocicletas estavam autorizadas a circular no Estado. Doze meses depois, em setembro de 2023, esse número pulou para 1.113.358, representando um crescimento de 7%.

Em Belém, de acordo com informações compiladas pelo DIÁRIO DO PARÁ a partir da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a frota de motos apresentou um crescimento de 85% nos últimos dez anos. Em 2013, o número era de pouco mais de 80 mil unidades, enquanto em 2023, esse total praticamente dobrou, alcançando quase 150 mil unidades nas ruas da capital paraense.

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Jonas Hernanes, de 27 anos, atualmente utiliza a motocicleta para gerar uma renda extra e contribuir com as despesas da casa. “Trabalho como entregador de alimentos por meio de um aplicativo. Se analisarmos os custos, é mais vantajoso uma motocicleta do que um carro para esse tipo de trabalho. Em média, gasto cerca de R$ 300 por mês, o que garante o sustento mensal”, destaca.

No entanto, conforme mostra a tendência de vendas, em breve, até mesmo Maciel pretende trocar de motocicleta. “O ano da minha moto é 2015, então, em 2024 estou planejando adquirir uma moto de melhor qualidade e mais atualizada para aprimorar meu trabalho. Ainda não decidi o modelo, mas certamente escolherei aquele que ofereça o melhor custo em consumo e manutenção”, acrescentou Jonas.

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Esse aumento não é exclusividade do Pará, pois a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Afins (Abraciclo) revelou que 131.947 unidades saíram das linhas de montagem das fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) em novembro, volume superior em 2,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

ECONOMIA

Barata e econômica, essas são as características que têm tornado a moto a principal escolha de transporte e trabalho para muitos paraenses, como é o caso de Anderson Barbosa, 29. “Trabalho transportando passageiros e tive a oportunidade de fazer isso de carro, pois tive um. No entanto, analisei o custo de combustível, mais a manutenção, cheguei à conclusão de que não compensa usar o carro”, frisa.O autônomo informou que, dependendo do dia e do volume de corridas, gasta em média R$ 30 a R$ 50. “Esse valor fica dentro do orçamento e sobra para cumprir com outras responsabilidades. Fico imaginando que se fosse em quatro rodas, o consumo ia ser o dobro, ou até mesmo o triplo, então não me arrependo de ter feito essa troca, mesmo abrindo mão do conforto”, reiterou Anderson.Já Adelson Costa, 36, comprou uma moto especificamente para trabalhar como entregador. “Vou confessar uma coisa, antes eu tinha um sonho de comprar um carro, mas hoje prefiro a moto que eu comprei. Quando eu preciso de um carro, vou lá e alugo, pois acho que assim economizo mais. Com a atual conjuntura do país, só quem tem condições de fato consegue manter um veículo mais caro”, explicou.“Tenho um sonho de comprar um carro, mas toda vez que eu penso no trânsito que tem feito em Belém, me dá uma tristeza muito grande. Como dizem os meus amigos, a gente gasta mais dinheiro no engarrafamento. Mas como todo brasileiro, quem sabe um dia eu compre um apenas para passear, pois a moto continua sendo a minha principal escolha”, concluiu o autônomo João Cunha, 29.


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