Banco de leite materno da Santa Casa precisa de doadoras

Publicado em 27/02/2024

O leite materno é o alimento mais completo para os bebês nos primeiros meses de vida, pois ajuda no desenvolvimento saudável e protege contra doenças graves. No caso de bebês prematuros ou com baixo peso, a amamentação fica comprometida devido à internação hospitalar. Nesses casos, é importante que haja leite humano em estoque, uma vez que nem todas as mães podem amamentar.

A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém, tem um dos maiores bancos de leite humano do Norte do Brasil. O órgão é responsável por doações e o atendimento às mães com dificuldade de amamentar.

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De acordo com Vanda Marvão, nutricionista e integrante do Banco de Leite Humano (BLH) da Fundação Santa Casa, o leite humano é um imunomodulador natural, ou seja, aumenta a imunidade e resistência dos bebês. “Não tenham dúvida de que a melhora deles é mais rápida com o leite materno. Como também o ganho de peso e o tempo da permanência hospitalar, que acaba sendo reduzido”, afirma. A nutricionista explica que as crianças que utilizam essas doações são internados na neonatologia, sendo a maioria destes bebês prematuros.

Entretanto, em períodos festivos, como o Carnaval, as doações tendem a diminuir, contribuindo consequentemente para a redução do estoque de leite nos serviços de saúde. “Isso acontece porque muitas mães viajam e outras não sabem que podem auxiliar na luta pela vida dos bebês. Por este motivo é importante a conscientização da população sobre a necessidade e importância das doações. A doação do excedente de leite não diminuirá a quantidade de leite. Quanto mais leite “sai” da mama, mais a mama irá produzir”, defendeu.

“A maioria das mulheres que amamentam produz mais do que o necessário para alimentar o bebê, especialmente do terceiro ao quinto dia após o parto. Para estocar, podem ser utilizados vidros de café solúvel esterilizados. O leite deve ser conservado no congelador por até 10 dias”, acrescenta.

As mães que acompanham os filhos e filhas internados também podem ser doadoras. Elas podem estocar leite para seus respectivos bebês e também doar uma parte para os demais. Muitas delas, no entanto, são afetadas pelo estresse da internação e não conseguem produzir leite, sendo preciso contar com a solidariedade de outras mulheres.

É o caso da Roberta Ticiane, de 32 anos, mãe do Christopher, de 33 semanas. Ela teve um parto prematuro em 12 de janeiro de 2024. Mas devido às complicações, o seu bebê ainda está na UTI lutando pela vida e precisa de leite materno diariamente. “O Christopher só tem um mês e alguns dias, e como não tenho leite suficiente para ajudar na recuperação completa dela, eu dependo da ajuda. Por isso, é tão importante que outras mulheres possam doar e nos ajudar”, declara.

COMO DOAR

Para se cadastrar, é possível acessar o site do Corpo de Bombeiro Militar do Pará ou pelos telefones: 3251-7311 (Banco de Leite); 3251-7212 (Bombeiros), além do WhatsApp: 988996326.


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