Campanha alerta para golpes bancários no Pará

Publicado em 12/03/2024

Tempos atrás, o principal temor de muitas pessoas era sacar grande quantidade de dinheiro em um banco e ter que transportar aquele valor até uma empresa ou residência. Hoje em dia, no entanto, nem é preciso sair de casa para ser vítima de algum golpe bancário.

Segundo pesquisa realizada para Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) para o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cerca de 7,2 milhões de consumidores sofreram alguma fraude em instituições financeiras entre o segundo semestre de 2022 e o primeiro de 2023.

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De acordo com o defensor público e professor universitário Cássio Bitar, os golpes que mais aumentaram foram aqueles chamados de “engenharia social”, em que a vítima é levada a fazer ações em benefício dos criminosos.

Veja alguns dos mais comuns:

– Golpe da prova de vida: a pessoa recebe uma ligação de alguém que se apresenta como funcionário do INSS e a orienta a baixar um aplicativo para realizar a ação. A partir daí, ela acaba contraindo um empréstimo cujo valor vai para a conta do estelionatário.- Golpe do falso motoboy: os criminosos entram em contato com a vítima e alertam sobre supostas transações irregulares. Em seguida, afirmam que um motoboy irá até a residência da pessoa recolher o cartão que estaria “clonado”. A pessoa é orientada a cortar o cartão ao meio, o que dá mais veracidade à ação. Porém, o chip não é cortado, o que permite aos estelionatários fazerem uso do cartão.- Golpe do consórcio: a pessoa vê uma oferta de produto ou serviço com preço abaixo da média e decide entrar em contato com o anunciante. A partir de então, buscando garantir a suposta oportunidade, faz um pagamento como “sinal”. Entretanto, depois descobre que havia feito um consórcio e seguiu pagando por aquela contratação indevida.- Golpe da portabilidade: o criminoso finge ser gerente do banco da vítima e liga para ela. A seguir, oferece portabilidade de empréstimo já existente, diminuindo a parcela do novo contrato. Para isso, pede a transferência do valor devido para quitar o anterior. Ele recebe o dinheiro e some.

Diante destes e outros tipos de golpes bancários, no domingo (17) será realizada uma ação na Praça da República, em Belém, visando alertar e conscientizar mais pessoas sobre os riscos de golpes bancários. A ação é organizada por Cássio Bitar, que explica que a ação “tem como finalidade trabalhar a informação ao consumidor, sobretudo o idosos e pensionistas do INSS, principais vítimas deste tipo de fraude. A informação adequada pode prevenir novas vítimas. A informação é um dos pilares da defesa do consumidor, e deve ser trabalhada constantemente”, enfatiza o Defensor Público do Estado do Pará. É ele que ainda destaca que outras programações ocorrerão em diversos espaços da capital paraense.

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OUTROS GOLPES COMUNS

– Phishing: É quando um fraudador envia um e-mail ou mensagem falsa, que parece ser legítima, pedindo que o destinatário clique em um link ou forneça informações pessoais, como senhas, dados de cartão de crédito ou informações bancárias.- Skimming: É quando um dispositivo é instalado em um terminal de pagamento eletrônico, como um caixa eletrônico, para copiar as informações do cartão de crédito ou débito do usuário sem o seu conhecimento.- Golpe do boleto falso: É quando um fraudador cria um boleto falso com dados de uma empresa legítima, mas com uma conta bancária diferente, para que o pagamento seja feito na conta do golpista.

COMO EVITAR?

Para evitar ser vítima desses golpes, é importante tomar cuidado ao fornecer informações pessoais, verificar sempre as informações do remetente e destinatário de e-mails e mensagens, utilizar senhas seguras, verificar extratos bancários regularmente e desconfiar de ofertas que parecem boas demais para ser verdade.

De acordo com Cássio Bitar, há algumas medidas que você pode tomar para se proteger de golpes bancários:

Mantenha seus dados pessoais seguros: nunca compartilhe informações pessoais como senhas, números de conta bancária, ou códigos de segurança com ninguém. Os bancos nunca pedem essas informações por telefone ou e-mail.

– Fique atento aos e-mails e mensagens suspeitas: não clique em links ou baixe anexos de e-mails suspeitos que pareçam ter sido enviados por seu banco. Verifique o endereço de e-mail do remetente e confirme se é o endereço oficial do seu banco.- Use senhas fortes: evite senhas óbvias, como datas de nascimento ou sequências simples de números.- Mantenha seu computador e dispositivos móveis atualizados: é importante manter seu software antivírus, sistema operacional e aplicativos atualizados para garantir que você esteja protegido contra possíveis vulnerabilidades.- Confirme a identidade do remetente: antes de fornecer informações pessoais ou fazer transações financeiras, verifique se o remetente é de fato seu banco ou instituição financeira. Ligue para o número oficial de atendimento ao cliente do seu banco e confirme a transação.- Verifique suas contas regularmente: monitore suas contas bancárias regularmente para identificar atividades suspeitas. Informe imediatamente seu banco se notar qualquer transação não autorizada.

BUSQUE SEUS DIREITOS!

Para saber mais e buscar seus direitos, é possível agendar um atendimento no Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da Defensoria Pública do Estado (DPE-PA) na Rua 1º de Março, 766, Campina, Belém, ou pelos telefones (91) 99342-2925 e (91) 98128-8851. 


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