Peça sobre homofobia tem apresentações em Belém e Santarém

Publicado em 24/05/2024

Chega ao Pará, na próxima semana, o espetáculo “3 Maneiras de Tocar no Assunto” vindo do Rio de Janeiro.

A primeira parada da peça teatral, que reúne três solos curtos que abordam a homofobia na sociedade moderna, vai ser em Belém, nos dias 29 e 30/05 (quarta-feira, véspera de feriado, e quinta-feira) no Teatro do SESI, e uma sessão em Santarém no dia 01/06 (sábado), na Casa da Cultura, sempre às 20h. Ambas apresentações são gratuitas.

A circulação é um projeto patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com realização da Fulminante Produções e do Ministério da Cultura.

O espetáculo “3 Maneiras de Tocar no Assunto” aborda a homofobia na sociedade moderna, é um manifesto artístico a favor de toda diversidade e contra as intolerâncias.

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Com dramaturgia e atuação de Leonardo Netto e direção de Fabiano Dadado de Freitas, a peça está nos palcos desde 2019 e foi assistida por mais de 15 mil espectadores.

Recebeu os prêmios Cesgranrio (Melhor Texto Nacional Inédito, Ator e Categoria Especial, pela direção de movimento de Marcia Rubin), APTR-RJ (Melhor Autor e Iluminação) e Cenym de Teatro Nacional (Melhor Monólogo), acumulando quase 20 indicações em premiações.

Em 2024, o espetáculo está em sua primeira turnê nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, realizando apresentações com ingressos sempre gratuitos.

Todas as sessões são 100% acessíveis com intérpretes de Libras, audiodescrição, monitoria para pessoas com deficiência intelectual e em locais com estrutura como corrimões, rampas, banheiros adaptados, iluminação adequada e plateia com reserva de espaços para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida.

A montagem “3 Maneiras de Tocar no Assunto” reúne três solos escritos e interpretados por Leonardo Netto, colocando em pauta questões relacionadas à homossexualidade, ao preconceito contra o homossexual e a comunidade LGBTI+ em geral.

Os textos fazem uma interlocução direta com o público: o que há, afinal, de tão incômodo, maléfico e repugnante na homossexualidade? Por que, através dos tempos, ela teve sempre de ser punida? Por que a orientação sexual de uma pessoa pode a transformar num cidadão de segunda classe, com menos direitos que o resto da população?

“Homofobia mata todo mundo: o pai que teve a orelha arrancada por beijar o filho, os irmãos que foram linchados por andarem abraçados. Não adianta achar que você está livre porque você não é gay. Vivemos um retrocesso de entendimento sobre isso, um conservadorismo estúpido. A população LGBTI+ no Brasil está alijada de quase setenta direitos previstos na Constituição”, ressalta Leonardo Netto, que abordou o tema por três instâncias distintas: a Escola, a Lei e o Estado.

No primeiro solo, “O homem de uniforme escolar”, o público assiste a uma aula de bullying homofóbico: o que é, como praticar e quais as suas consequências físicas e emocionais? São histórias reais de crianças e jovens que sofreram com o preconceito e a intolerância na escola.

Na sequência, “O homem com a pedra na mão” parte do depoimento ficcional de um dos participantes da Revolta de Stonewall, ocorrida em junho de 1969 em Nova York, um marco fundamental da luta pelos direitos da comunidade LGBTI+. Uma descrição minuciosa da noite em que os frequentadores (gays, lésbicas, travestis, drag queens) do bar Stonewall Inn reagiram, pela primeira vez, a mais uma batida policial no local.

O último solo, “O homem no Congresso Nacional”, foi construído a partir de falas e pronunciamentos do ex-deputado federal Jean Wyllys, proferidos entre janeiro de 2011 e dezembro de 2018. Para criar o texto, Leonardo assistiu e transcreveu discursos, falas, entrevistas e declarações do parlamentar e, cuidadosamente, criou o depoimento de um deputado gay e ativista na tribuna da Câmara.

TRAJETÓRIA DO ESPETÁCULO:

“3 Maneiras de Tocar no Assunto” estreou em 2019 no Rio de Janeiro, com uma temporada de 3 meses no Teatro Poeirinha e, em 2020, entrou em cartaz em São Paulo, no Sesc Ipiranga.

Após a pandemia, o espetáculo retomou a estrada com sessões lotadas no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, no Festival Palco Giratório em Porto Alegre e na programação do Galpão Cine Horto, em Belo Horizonte, convidado pelo Grupo Galpão.

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Ainda entre 2022 e 2023, a peça foi realizada em mais 10 teatros da capital carioca, transitando por todas as zonas da cidade, além de apresentações na região metropolitana e no interior do RJ.

Atualmente em turnê, em 2024 já percorreu 5 estados do nordeste e parte para 6 estados do norte do Brasil, entre outros circuitos.


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