Investidores se reúnem para impulsionar bioeconomia no Pará
Publicado em 31/07/2024
Reconhecer o Pará como o maior celeiro da bioeconomia no país e estimular o desenvolvimento desta vocação econômica, tornando o Brasil um exemplo em termos de sustentabilidade. Este é um dos principais objetivos do Bioeconomy Amazon Summit (BAS), iniciativa do Pacto Global da ONU – Rede Brasil em parceria com a gestora de venture capital KPTL que terá sua primeira edição em Belém nesta quinta-feira, 1º de agosto, no Hangar Convenções & Feiras da Amazônia, das 9h às 18h.
O evento deve reunir 80 startups e promover o fomento de 60 delas, além de uma intensa agenda de discussão em torno do papel da inovação e do empreendedorismo na agenda global de mudanças climáticas.
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CEO da entidade ligada à Organização das Nações Unidas, Carlo Pereira explica que depois da programação na capital paraense, haverá outras seis edições do BAS em outras cidades amazônicas. “A ideia é que a gente possa realmente dar a visibilidade merecida para todas as populações que vivem nessa área e aos empreendedores que fomentam várias economias com base na bioeconomia, bioinsumos e biotecnologia na região”, justifica, enfatizando que o fato de Belém sediar a 30ª edição da Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima, a COP30, no ano que vem, alimenta o debate no setor empresarial sobre o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e o avanço na Agenda 2030, especialmente nesta região.
A iniciativa faz parte do programa Pacto Rumo à COP30, que visa aumentar até 2025 para 600 o número de empresas mobilizadas contra a mudança do clima frente ao cenário climático brasileiro – hoje são 250 -, bem como escalar as ações e metas com as quais as empresas estão comprometidas ligadas ao ODS 13 (Ação pelo Clima), especialmente as ligadas aos Movimentos +Água, NetZero e Impacto Amazônia.
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“O intuito é que a gente realmente possa trazer para a região justamente mais pessoas que consigam acelerar os negócios desses empreendedores da região Norte, como investidores, cientistas e executivos de grandes empresas. O BAS tem ainda outro diferencial, que é tirar o foco do eixo Rio – São Paulo e levá-lo para o maior celeiro da bioeconomia do Brasil, onde os negócios sustentáveis estão se desenvolvendo. Isso é importante para a economia da região amazônica, mas também leva muito aprendizado e oportunidades para as grandes empresas de fora dessa região”, avalia Carlo Pereira.
Ele confirma que o Pacto Global da ONU – Rede Brasil tem intensificado suas ações para que o setor empresarial se prepare para a COP30 e mostre que o Brasil pode ser o maior provedor de soluções climáticas do mundo – e isso envolve colaborar com ações e políticas já em andamento na região Norte.
“Com o BAS, especificamente, o que buscamos na prática é fomentar a bioeconomia na região Amazônica, pois entendemos o valor que essas atividades têm de gerar melhor distribuição de renda localmente, melhorar a competitividade da nossa indústria de maneira geral por meio da inovação e da sustentabilidade, pois esses negócios estão ligados à baixa emissão de carbono, à nossa busca por zerar o desmatamento, por exemplo”, defende, entendendo ainda que a valorização dos bioinsumos que são produzidos e consumidos na região não apenas fomenta os pequenos negócios, mas também mostra outras possibilidades para indústrias já estabelecidas para que se adéquem a uma existência de sustentabilidade ambiental.
PROGRAMAÇÃO
Para que ocorra toda essa troca de experiências e a geração de negócios, o BAS será realizado em três diferentes ambientes. Um deles será a Arena Empreendedora, que prevê uma plenária e salas temáticas ou mesas redondas. Ali estarão por volta de 80 startups de bioeconomia da região expondo seus produtos e seus negócios, inclusive para grandes fundos e investidores que estarão presentes. Neste mesmo local, representantes dos governos estadual e federal, entre outras pessoas de saber notório em relação à temática de bioeconomia, farão apresentações sobre esta agenda.
As salas temáticas são para aprofundar algumas pautas como, por exemplo, agricultura sustentável, fármacos, fitofármacos, assim como cosméticos, energia renovável, entre outros assuntos. A expectativa é de muita troca de experiências sobre os desafios de empreender na região da Amazônia Legal. A programação completa pode ser conferida no endereço bioeconomyamazonsummit.com.
“A COP30, em Belém, será uma conferência emblemática, visto que, em 2025, o Acordo de Paris fará dez anos. Assim é necessário acelerar negociações e investimentos referente a desmatamento zero e a transição energética justa no Brasil, vislumbrando sermos uma economia global referência em Economia net zero de forma transparente, socialmente justa e inclusiva”, finaliza o CEO.