Belém segue em frente em obras para a COP 30

O anúncio de que a capital paraense será a sede da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) despertou não apenas as discussões acerca da relevância de se fazer uma conferência do clima em plena região amazônica, mas também deu início a uma série de tratativas para preparar a cidade que irá receber o evento internacional. Ainda em fevereiro deste ano, o Governo do Estado do Pará apresentou novas obras que marcaram o avanço na preparação da cidade para a COP30, medidas que foram registradas à época e que continuam sendo acompanhadas pelas páginas do DIÁRIO.

Na área onde está sendo construído o Parque da Cidade, a vice-governadora e coordenadora do Comitê da COP 30 em Belém, Hana Ghassan Tuma, apresentou um conjunto de sete novas obras que seriam iniciadas em Belém. Entre as áreas impactadas pelas novas obras estavam melhorias na mobilidade urbana, em conectividade, saneamento, sinalização turística e aprimoramentos tecnológicos dos equipamentos públicos. À época, no último dia de fevereiro de 2024, a vice-governadora destacou que os serviços beneficiarão cerca de 900 mil pessoas em toda a capital paraense.

Grande ponto de concentração da conferência do clima, o Parque da Cidade segue em execução. No último dia 24 de julho, o local foi visitado por uma comitiva federal que acompanha os avanços nas obras para a COP30, contando com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa; do ministro das Cidades, Jader Filho; e do secretário extraordinário para a COP30, Valter Correia.

Na ocasião, o Governador do Estado, Helder Barbalho, pontuou que a obra do Parque da Cidade já está 49% executada e conta com a atuação de 650 profissionais. A expectativa é de que a estrutura do Parque da Cidade esteja pronta até agosto de 2025. O governador destacou, ainda, que ao todo são 29 obras em parceria com o Governo Federal e, dessas, 24 já estão contratadas e em execução. As demais seguem em fase de contratação.

Em meio ao avanço na preparação da cidade para a conferência, as intervenções incluem transformações nas avenidas Visconde de Souza Franco e Almirante Tamandaré, que passarão à configuração de parques lineares, estruturas urbanas que se configuram como áreas multifuncionais, apresentando não apenas funções sanitárias, mas também sociais. Nos projetos que, atualmente, já se encontram em execução nas duas avenidas, estão previstas estruturas com quiosques, áreas de lazer e esportes, ciclofaixas e espaços dedicados para a prática de caminhadas e corridas, bem como rede coletora de esgoto com tratamento de resíduos e ações de macrodrenagem.

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Outra obra anunciada e que também já está em andamento é a reestruturação da área portuária de Belém para a implantação do Porto Futuro II. De acordo com o Governo do Estado, o local será destinado às atividades econômicas relacionadas ao turismo, cultura, lazer e gastronomia. Entre as estruturas previstas para o espaço está o Museu das Amazônias, um espaço voltado para a cultura e educação que será implementado no galpão 4A do Porto Futuro II, segundo anúncio realizado no último dia 11 de junho.

HOTEL

Ainda no Porto Futuro II, será construído um hotel de alto padrão que irá ocupar a área dos antigos galpões 8, 8A e 8B. A estrutura hoteleira é resultado de um acordo celebrado entre o Governo do Estado e o grupo português Vila Galé e deverá disponibilizar 500 novos leitos hoteleiros na capital paraense.

Frente ao desafio de hospedar o grande volume de visitantes que se deslocarão a Belém em decorrência da COP 30, outra medida prevista é a construção de um hotel de luxo aproveitando a estrutura do antigo prédio da Receita Federal, em Belém. O contrato de cessão do prédio à iniciativa privada foi assinado no último dia 10 de julho pelo Governo do Estado. Em troca da cessão, o Governo do Estado terá uma participação de 2% nos lucros do hotel pelos próximos 33 anos.

Com 18 andares e 2.709,00 m², o prédio em questão estava sem uso há 12 anos e foi cedido ao Governo do Pará pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos para que o espaço fosse transformado em hotel. Para além de atender à parte da demanda gerada pela conferência do clima, a estrutura permanecerá para além da COP, atendendo à demanda turística do Estado.