Árvores são transplantadas para áreas de obras em Belém

Publicado em 03/12/2024

O maior evento para o clima em Belém está chegando. Agora faltam menos de um ano para a Cidade das Mangueiras receber pessoas vindas de todo o mundo e para isso a capital da COP30 se prepara, e as obras vão além do concreto ou do asfalto. 

Obras como o Parque da Cidade, o Porto Futuro II, a Nova Doca e o BRT Metropolitano estão na rota dos transplantes de árvores realizados pelo Governo do Estado na Região Metropolitana de Belém. Em áreas nas quais sejam identificadas a necessidade da supressão vegetal, é realizado todo um trabalho de retirada e transplantio para garantir a preservação de diversas espécies.

“Primeiro a gente faz a avaliação do indivíduo arbóreo, para, se necessário, fazer a retirada dele. Preparamos o vegetal iniciando com a poda das folhas para facilitar o transporte, e colocamos uma resina para impedir a entrada de água nos cortes e cicatrizes, o que poderia ocasionar algum dano, em seguida, já preparamos um berço onde será colocada essa árvore, com todos os cuidados que incluem também o material de solo, adubo e água para que possa recebê-la e que proporcione o estabelecimento e a consolidação de suas raízes”, explica o diretor de Licenciamento Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Marcelo Moreno.



Geralmente, entre o período de 75 a 100 dias, as árvores começam a se adaptar e aparecem os primeiros sinais de que o transplantio ocorreu com sucesso.

Segundo a Secretaria, até o momento, há 172 árvores, de mais de 100 espécies diferentes, programadas para o transplantio para o Parque da Cidade e Porto Futuro II. Dessas, 64 já foram transplantadas.



Nova Doca 

A obra da Nova Doca já precisou remanejar na própria via duas palmeiras e uma mangueira e também receberá quatro árvores, três da espécie Parapará e uma Ingá, retiradas da Rua da Marinha, além de folhagens que estão em período de adaptação em um viveiro. O engenheiro agrônomo do Consórcio Nova Doca, Flair Martins, ressalta os cuidados de adubação e irrigação constante para que a árvore seja reabilitada nesse processo.



“Esse trabalho de preservação demonstra a preocupação com o meio ambiente e com a sustentabilidade durante a execução das obras da COP 30. Estamos resgatando árvores de outros locais para trazer à Nova Doca, exemplares que poderiam ser apenas desmatados, mas que, com esse trabalho, têm um novo destino e poderão ser apreciados pelos futuros visitantes”, destaca Flair Martins.

BRT Metropolitano 

Em 2020, o Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM) realizou um “transplante” inédito de duas samaumeiras na BR-316, uma com 10 metros e outra com 7 metros. As árvores ficavam no canteiro central da rodovia e foram removidas e replantadas na pétala do viaduto do Coqueiro. Quatro anos após serem transplantadas, as árvores estão saudáveis e com nova folhagem.




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