Prefeito Igor Normando quer resgatar o orgulho de Belém

A nova gestão da prefeitura de Belém quer trabalhar a Cultura e o Turismo como setores intrinsecamente ligados. Desta forma, consta no planejamento explorar as potencialidades de modo a transformar a diversidade existente em toda a cidade em vetor dinâmico do avanço econômico, com oportunidades de emprego e renda aos moradores locais. Para isso, Igor Normando (MDB) criou a Secretaria de Turismo e Cultura, que é comandada por Cilene Sabino.

Segundo o programa de governo do prefeito, cabe à gestão municipal apoiar e expandir as atividades culturais e o potencial turístico, visando incrementar a competitividade de nossos produtos e serviços, vis-à-vis a de outros destinos no Brasil e no mundo. “Nosso grande desafio é recuperar orgulho em ser belenense, amazônida, e isso tem a ver com senso de pertencimento, tem que ter orgulho e não vergonha.

O governador Helder Barbalho (MDB) se destacou nisso ao trazer a COP 30 para ser sediada na capital paraense. Neste Natal ficamos em sétimo lugar como cidade/destino mais procurado para passar o Natal, mesmo com desafios, mesmo com o sudeste do país fazendo campanha difamatória porque a Conferência será aqui. Esse é o sentimento que quero ajudar a população a resgatar”, reafirma.

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Entusiasta de que Belém tenha programações culturais que atraiam turistas do mundo inteiro todos os meses do ano, Normando adianta que irá colocar essa máxima em prática com a programação para comemorar os 409 anos de Belém.

“Vamos ter programação nacional e regional, fortalecer laços. Belém será vista como referência cultural. A COP 30 está nos dando visibilidade, precisamos trabalhar para manter. Também nas áreas da cultura e do turismo, o governador Helder tem impulsionado o desenvolvimento da cidade, por meio de obras estruturantes que irão preparar Belém para recepcionar os visitantes que aqui estarão para a COP 30. É o caso da construção do Parque da Cidade, das avenidas que estão em requalificação, como a Doca e a Tamandaré, e da atração de redes hoteleiras que irão aumentar significativamente a oferta de acomodação em nossa capital”, compara o prefeito. “Um investimento histórico para o setor cultural, no valor de mais de R$ 20 milhões, está sendo executado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação Cultural do Pará (FCP)”, exemplifica o prefeito.

PRIORIDADES

Ainda no programa de governo constam como prioridade, nas áreas da Cultura e do Turismo, a intervenção urbanística nas ruas do Centro de Belém, revitalizando vias, fachadas e prédios históricos, criando trilha turística do Porto Futuro à Cidade Velha em parceria com o ente estadual e o setor produtivo; compromisso de dobrar o orçamento da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), ainda no primeiro ano de gestão, e de implantar caravanas de cultura pelos bairros; requalificar com urgência os equipamentos públicos de maior potencial turísticocultural, provendo-lhes segurança, limpeza e conservação.

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Além da exploração do turismo de natureza, especialmente nas Ilhas de Belém, garantindo aos empreendedores e colaboradores treinamento e suporte aos negócios; viabilizar a abertura de janelas para o rio em Belém, recuperar as orlas das Ilhas e aumentar o volume de recursos para apoiar as festividades da cultura tradicional (quadrilhas, aparelhagens, bois, carimbó, pássaros e hip hop) e das expressões de religiosidade (círios, festividades gospel e afro-religiosas); e estabelecer uma agenda anual de eventos, como festivais de gastronomia, música e folclore, assim como elaborar projetos, em conjunto com fazedores de cultura e consultores do turismo, para submissão aos Ministérios do Turismo e das Cidades, aproveitando a força dos ministros paraenses e a realização da COP 30.

Tecnologia e inovação são áreas estratégicas

Para Igor Normando, o conhecimento é hoje o insumo mais estratégico da economia. Portanto, a incorporação da tecnologia e da inovação na formação de novos arranjos produtivos deve ser estimulada. Por isso a proposta da nova gestão se assenta na certeza de que novas ideias e projetos podem tornar a capital paraense um lugar favorável à criação de oportunidades para a população local.

Dados recentes indicam que Belém tem cerca de 150 mil pessoas sem emprego, tendo uma taxa de informalidade no trabalho de 40%.

Com Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 33 bilhões — com o setor de serviços contribuindo com 57% e da indústria 12% — o município de mais de 1,3 milhão de habitantes registra 39% de sua população inscritas no CADÚnico, sendo 35% desse grupo abaixo da linha de pobreza.

Essas observações que refletem a fragilidade econômica da cidade, quando comparada a outras capitais brasileiras, impõem a prioridade de estimular a geração de oportunidade para todos, com ações que, entre outras, envolvem elementos de fomento a pequenos negócios, articulação entre consumidores e fornecedores de bens e serviços, organização de cooperativas nos distritos e cursos de formação produtiva e empreendedora.

Para pôr em prática esse planejamento, constam como prioridades a desburocratização, informatização e celeridade nos processos de responsabilidade municipal que envolvem a economia local (licenças, alvarás, pagamento de tributos); cultura da inovação nos bairros, instituída em parceria com o Sistema S, estruturando postos distritais em que empreendedores locais recebem apoio técnico e de consultoria, observando as potencialidades econômicas do distrito; alteração do Plano Diretor e do Código de Condutas do município como forma de incentivar e acelerar a produção de bens e serviços, bem assim ordenar a ocupação dos espaços da cidade; e em parceria com o Governo do Estado, inaugurar um polo de bioeconomia para estimular empreendedores a criar negócios inovadores e gerar empregos de melhor qualidade na economia verde, como energia sustentável, eficiência energética, gestão de resíduos e construção sustentável.