Festival ‘Os Sons Que Vêm do Pará’ agita Belém com música e dança neste fim de semana

Publicado em 21/05/2025

Com shows, concurso de dança, rodas de conversa e gravação de audiovisual, a primeira edição do festival “Os Sons Que Vêm do Pará” chega a Belém nos dias 23 e 24 de maio. O evento será realizado na Aldeia Amazônica, com entrada gratuita com doação de 1kg de alimento não perecível e celebra a riqueza cultural do estado, reunindo grandes nomes da música e da dança paraense.

A apresentação oficial do festival foi realizada na noite da última terça-feira (20). Segundo os organizadores e idealizadores do evento, o objetivo é valorizar e difundir as expressões artísticas locais.

“Estamos muito felizes de estar realizando esse festival. Isso é um sonho. Precisávamos dessa vitrine da música e da dança paraense há muito tempo. Então ele vem para contemplar esse momento que vivemos da cultura do Pará, da Amazônia, que posso dizer que a gente é moda hoje no Brasil”, afirma Rhenan Sanches, cantor e um dos embaixadores do festival.

Tayana dos Santos, diretora executiva e curadora do evento, conta que o projeto cresceu a partir de uma ideia de celebrar os 25 anos do tecnobrega, mas rapidamente cresceu e chegou ao formato atual.

“Eu sou paraense e saí daqui alguns anos atrás para estudar leis de incentivo, captação, festivais, e minha grande vontade era voltar e fazer um evento que falasse da nossa cultura. A ideia era começar em casa, em Belém, e trazemos aqui o projeto piloto para que a gente comece com a nossa cultura e para além daqui nas próximas edições a ideia é levar para fora do Pará. ”, explica.

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“Os Sons que vêm do Pará” marca uma união entre diferentes gerações de artistas paraenses. “Foi pensando na união da dança com a música que começamos a planejar esse evento. Duas expressões artísticas tão bonitas, que a gente gosta tanto, e que às vezes parecem seguir caminhos diferentes. A gente falou ‘precisamos unir isso’”, completa Rhenan Sanches.

A programação do festival inclui nomes como Xeiro Verde, Suanny Batidão, Edilson Moreno, Nelsinho Rodrigues, Karol Diva, Bruno e Trio, A Big Show, Júnior e Neto, além do grupo Vingadores do Brega e DJs da cena local.

“O primeiro momento é a competição de dança, onde casais de brega vão estar competindo no salão com um júri de peso. Vai ter o Merengue paraense e grupos de carimbó competindo também. Esses grupos de carimbó geralmente não estavam presentes e trouxemos para dentro do nosso festival”, explica o coreógrafo e dançarino Rolon Ho, também embaixador do evento.



Rolon destaca ainda a importância do concurso de dança que será realizado nos dois dias de festival. “ Queremos mostrar a dança paraense em sua diversidade e abrir espaço para novos talentos. É um momento de confraternização e valorização”.

Apresentado pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura Lei Rouanet, e com patrocínio da Petrobras, o festival movimenta e gera renda para mais de 150 profissionais.

“Temos cerca de 80% da equipe formada por profissionais da região. Além de formação e visibilidade, o festival também gera economia”, reforça Tayana, diretora executiva do evento.

Valorização da cultura paraense

Um dos pontos altos do festival é a homenagem feita ao guitarrista e compositor paraense Manoel Cordeiro, considerado um dos maiores nomes da música amazônica. Para ele, o evento é um ato de afirmação cultural.



“Nossa música precisa ser ouvida e entendida pelo seu valor único, carregando a alma da floresta e das sagas, das lendas e das lutas do povo da Amazônia. Precisamos nos reconhecer nela. Isso aqui é autoestima, ter orgulho de ser da Amazônia, da nossa música, das nossas comidas, dos nossos caminhos”, disse o instrumentista.

Quem também reforça esse discurso é o cantor Edilson Moreno, que vai se apresentar na noite de encerramento do festival. “O nome do projeto já diz tudo: ‘Os sons que vêm do Pará’. É a nossa música, a nossa dança. Tem brega em vários lugares do Brasil, mas o nosso é diferente, é dançante, é único. Esse festival é infinitamente Pai D’égua”, afirma



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Legado para o futuro

Além da festa, o objetivo do projeto é deixar um legado duradouro na difusão da cultura local e para os profissionais que trabalham fazendo arte na região. Para Sanches, cada edição é uma nova oportunidade de fazer nascer talentos.

“Fazer arte no Brasil já é difícil. Fazer na Amazônia é ainda mais desafiador. Por isso esse palco é tão importante. Queremos dar ao artista o que ele merece: um camarim digno, estrutura de som, respeito”, disse o cantor.

Rolon completa: “As pessoas reconhecem o samba, o funk… Mas será que sabem identificar o brega paraense? Nosso papel é mostrar essa dança e a musica paraense, essas características, com orgulho. Com o festival, nós criamos possibilidades para que outras pessoas olharem pela arte, admirar e quem sabe seguir o caminho de artista, seja na música, seja na dança”.



Confira a programação:

23 de maio – Aldeia Amazônica (Av. Pedro Miranda, s/n – Pedreira)

  • Horário : a partir das 17h
  • Concurso de dança com carimbó, brega e merengue
  • Shows: Xeiro Verde, Suanny Batidão, DJ Assayag

24 de maio – Aldeia Amazônica

  • Horário: a partir das 17h
  • Gravação do audiovisual “Os Sons Que Vêm do Pará”
  • Shows: Rhenan Sanches, Rolon Ho, Edilson Moreno, Nelsinho Rodrigues, Karol Diva, Bruno e Trio, A Big Show, Taty Araújo, Vingadores do Brega e DJ Cayan Ribeiro
  • Final do concurso de dança

Serviço:

Festival ‘Os Sons Que Vêm do Pará’

  • Local: Aldeia Amazônica, localizada Av. Pedro Miranda, S/N – Pedreira, Belém – PA
  • Data: 23 e 24 de maio
  • Entrada gratuita com doação de 1kg de alimento não perecível

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