Irmã de advogado é autora da morte da mãe: diz MPPA

Publicado em 01/07/2022

O Ministério Público do Estado do Pará, por meio do Promotor de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Franklin Lobato Prado, ofereceu à denúncia criminal no caso do advogado suspeito de supostamente matar a mãe a facadas e de ferir e tentar matar a irmã. Porém, no inicio da tarde desta quinta-feira (30), o caso ganhou novos capítulos.

Após a inclusão de novas perícias, a Promotoria concluiu que o feminicídio contra a vítima identificada como Arlene Giuvin da Silva, foi praticado na verdade pela filha, Juliana Giugni, sendo que o advogado participou como coautor. O crime aconteceu no dia 18 de janeiro desse ano, no edifício Villa Dei Fiore, localizado na travessa Dr. Moraes, no bairro Batista Campos, em Belém.

Na época, o advogado Leonardo Felipe Giuni Bahia havia confessado ter assassinado a própria mãe e tentar matar a irmã. Ele chegou a ser denunciado como autor dos dois crimes. Porém, de acordo com a peça processual, foi comprovado que o assassinato da mãe foi praticado pela irmã.

Os laudos de exame de corpo de delito apontaram vestígios, predominantemente, da irmã na lâmina da faca de madeira. Também há depoimentos de três testemunhas que reforçam o convencimento da Promotoria. Leonardo foi declarado coautor do assassinato devido aos exames também terem identificado vestígios dele na arma do crime.

Levando em conta esses fatos, o Ministério Público acredita que em liberdade a autora poderia alterar as provas do processo, intimidar as testemunhas ou fugir por conta disso pediu sua prisão preventiva. Além disso, foi constatado que a acusada toma remédios controlados que alteram a personalidade, o que pode representar um perigo para as testemunhas e toda a sociedade.

Dentre as diligências requeridas pelas autoridades, estão a reprodução simulada dos fatos no local do crime; reinquirição dos dois acusados; exame de sanidade mental dos acusados; oitivas do médico psiquiatra, que realizava atendimento da irmã e dos porteiros que estavam no dia dos crimes, perícia da roupa usada pela irmã no dia do fato, que não foi realizada antes; e perícia do colchão onde a mãe estava deitada no dia, entre outras diligências.


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