Alzheimer: conheça os sintomas, fatores de risco e cuidados
Publicado Diário FMem 20/02/2025
Fevereiro Roxo representa um mês dedicado à conscientização de algumas doenças como o Alzheimer, uma doença neurodegenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social. Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), no Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade e 6% delas têm a doença de Alzheimer.
O principal sintoma da doença é a perda de memória. No entanto, de acordo com o médico neurologista Antônio de Matos, no início do quadro é comum que o paciente seja entendido como uma pessoa desatenta ou prolixa, já que costuma ser esquecido ou repete várias vezes a mesma história. “São pequenas alterações no modo de ser, o que chama mais atenção é o esquecimento e costuma atingir mais pessoas idosas, a partir dos 65 anos”, afirma.
O diagnóstico da doença é feito pela história clínica, ou seja, um conjunto de informações sobre o paciente, como doenças, hábitos, consultas, exames e tratamentos, além de identificar fatores de risco. Segundo o médico neurologista, também são usados exames de imagens para excluir outras possíveis causas.
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Sobre as diferenças entre a doença de Alzheimer e outras condições neurológicas, vale ressaltar que o Alzheimer começa com problemas de memória e cognição, e progride lentamente ao longo dos anos, diferente da demência vascular, que pode começar de forma mais abrupta, com episódios de declínio cognitivo após acidentes vasculares cerebrais (AVCs) ou outras lesões cerebrais.
“A doença de Alzheimer não necessariamente é uma demência, demência é um quadro que determina uma incapacidade de curso inexorável”, explica Antônio de Matos.
Os principais fatores de risco são todos que afastam as pessoas do estado de saúde, como sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, diabetes ou pressão alta, além de histórico familiar. Contudo, é possível diminuir os riscos de desenvolver a doença com a mudança de estilo de vida.
“Não realizar atividade física, não cuidar da alimentação, não quer dizer que você vai ter Alzheimer, mas provavelmente aumenta esse risco. A casa não precisa cair para você arrumá-la, tem que cuidar antes que caia, certo?”, reforça.
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Cuidados
- Não existe tratamento para impedir a evolução da doença, contudo, para diminuir a curva de piora, o médico ressalta que, além de remédios, o que surte mais efeito é a reabilitação cognitiva, uma intervenção não farmacológica que pode ser utilizada para tratar doenças neurológicas, distúrbios mentais, lesões cerebrais, entre outros, com a realização de exercícios e outras técnicas para melhorar a qualidade de vida.
- Antônio de Matos completa que para proporcionar um ambiente de cuidado e apoio para os pacientes com Alzheimer, é preciso incluí-los em rotinas e atividades sociais e familiares. “É um processo muito parecido com o de uma criança, que precisa ter rotina, alimentação regular, praticar atividades e, principalmente, estar em um ambiente familiar saudável. Onde, apesar das limitações, fazem parte da família, a palavra é inclusão”, destaca.
6%
Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), no Brasil existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade e 6% delas têm a doença de Alzheimer.