Arraial do Pavulagem leva alegria para pacientes oncológicos

Publicado em 23/05/2025

Em uma manhã que fugiu completamente do habitual, o tradicional grupo cultural Arraial do Pavulagem encantou pacientes que estão em tratamento contra o câncer, acompanhantes e profissionais de saúde do Hospital Ophir Loyola (HOL) com música, dança e poesia — levando esperança e emoção por onde passou.

O objetivo foi proporcionar um alívio emocional para quem está enfrentando um dos momentos mais delicados da vida: o tratamento oncológico. A proposta é uma experiência sensorial que desperta memórias, aquece o coração e, de certa forma, reconfigura o ambiente hospitalar em um espaço mais acolhedor e vivo.

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Conhecido em todo o Pará pelos seus arrastões culturais durante o período junino, o Arraial do Pavulagem levou aos corredores do hospital a força das tradições amazônicas. E o efeito foi imediato: sorrisos se abriram, olhos se encheram de lágrimas e muitos se deixaram levar pela emoção. Márcia Nunes, coordenadora da Divisão de Terapia Ocupacional do HOL, vê nessa atividade um verdadeiro instrumento terapêutico.

“É mais do que uma apresentação. É um momento em que os pacientes deixam de ser apenas pessoas em tratamento e voltam a ser protagonistas da própria alegria. Isso impacta diretamente na qualidade de vida e no processo de recuperação”, afirma.

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Entre os muitos que se emocionaram com a visita estava Lúcio Santana, de 72 anos, que enfrenta um câncer de cabeça e pescoço. “Adorei. Foi muito animado e trouxe alegria pra gente. Esses momentos fazem a gente esquecer um pouco do que está passando. A gente precisa disso pra continuar lutando”, contou ele, com um sorriso largo.


Leonice Gonçalves, de 70 anos, também foi tocada pela experiência. Mesmo sendo admiradora do grupo, nunca tinha vivenciado o espetáculo de tão perto. “Achei muito lindo. Sempre via no Ver-o-Peso, mas nunca tinha participado assim, pertinho. Foi uma alegria muito grande, fiquei tocada”, relatou, visivelmente emocionada.

Para Márcia, a humanização hospitalar vai muito além de uma política ou de um conjunto de boas práticas — ela representa uma abordagem essencial de cuidado. “O brilho das cores, o calor da dança e o encantamento do folclore têm o poder de abrir caminhos para a cura emocional e psicológica — aspectos muitas vezes invisíveis, mas fundamentais no processo de recuperação”, afirma.

A terapeuta ainda reforça: a presença do Arraial no hospital é um lembrete de que esperança e alegria também são formas de tratamento. “A cultura popular, quando acolhida como parte do cuidado, se torna um elo entre o corpo e a alma — um elo que fortalece, consola e transforma.”


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