Belém: Espaço Palmeira está totalmente abandonado
Publicado em 20/03/2024
Apesar de 300 trabalhadores estarem registrados na Secretaria Municipal de Economia (Secon), no Espaço Palmeira, no Centro Comercial de Belém, na tarde de segunda-feira (18), a maioria dos boxes do espaço estavam fechados. A realidade, segundo alguns trabalhadores do local, é que em função da situação de abandono, muitos permissionários preferem ir para as ruas realizar as vendas e ganhar o sustento necessário.
E quem fica por lá garante que precisa se unir aos outros colegas e fazer coleta para realizar pequenos reparos, a fim de amenizar a situação e melhorar as vendas. “Só não está pior a situação porque nós mesmos cuidamos do espaço porque senão estava mais difícil. Por isso está até mais limpo e organizado”, disse o permissionário Josué Castro, de 38 anos, que trabalha há pelo menos 13 anos no Espaço Palmeira.
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Já em outro corredor, onde fica o box de Maria Fátima, 64, a calha apresenta sinais de deterioração e, neste período chuvoso, todos os dias a trabalhadora precisa escoar a água por conta própria se quiser abrir o box e facilitar o acesso dos clientes. “A gente tem que arrumar, né? Se a gente não colocar nossos produtos à vista dos clientes, a gente acaba perdendo venda. Por isso os boxes estão todos fechados, a maioria sai daqui para ir vender na frente das lojas aqui do comércio, senão não tem dinheiro até o fim do dia”, relata.
Além disso, outros boxes também encontram-se abandonados. O baiano Luiz Henrique Bonfim, de 37 anos, contou que ele e os demais trabalhadores decidiram pagar por seguranças particulares a fim de resolver a questão da insegurança.
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Há menos de um ano na capital paraense, ele lamenta que o Espaço Palmeira esteja tão abandonado, uma vez que o local situa-se no centro histórico de Belém e possui capacidade de atrair olhares e ser usado como uma área de lazer e gastronomia.
“Estou reformando meu boxe, estamos com projeto de revitalizar isso aqui, deixar um lugar mais bonito, colocar um jardim, dar mais vida. Nós estamos no centro da cidade e abandonados, então temos que fazer por nós mesmos”, ressalta. A Secretaria Municipal de Economia foi procurada, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.