Bióloga auxília resgate de preguiça encontrada em Belém

Publicado em 06/08/2022

Segundo a Lei de Crimes Ambientais, respectivamente em seus artigos 32 e 29, configura-se crime qualquer prática  que resulte em abuso, maus-tratos, ferimentos ou mutilações em animais silvestres, independentemente de serem “domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”, assim como em morte, perseguição, caça, retirada do ambiente natural, além da utilização de “espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”.

Um animal que muito provalmente estava sendo vítima de um desses delitos protagonizou um fato inusitado esta semana, no bairro de Fátima, em Belém. Trata-de de um bicho preguiça, que foi encontrado por populares às margens do canal da Travessa Três de Maio, e acabou resgatado por uma bióloga. A história foi registrada em uma postagem no Instagram da própria heroína, que decidiu compartilhar a emocionante experiência com seus seguidores.

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O resgate ocorreu na últma quinta-feira (4), quando alguns moradores encontraram o animal silvestre todo molhado, no asfalto. Em seguida, com o auxílio de um caixote e usando luvas de proteção, decidiram levá-lo até a biológa Madlene Cardoso, que cuidou do bichinho até que o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), informado da situação, viesse buscá-lo, na manhã da última sexta-feira (5).

Madlene é a mesma biólogo que havia viralizado nas redes sociais anteriormente por adotar como mascote um outro animal pouco convencional: um urubu.

Na postagem, a especialista conta que usou seu próprio secador de cabelo para enxugar a preguiça e a manteve em um local o mais adequado possível para suas necessidades, uma vez que o animal precisa de espaço e de algum lugar alto para se pendurar. 

Madlene acredita que o animal, que foi solto no Parque Ambiental do Utinga, estava sendo criado indevidamente em Belém. Essa, segundo a bióloga, é a hipótese mais provável para explicar o aparecimento dele em uma área urbana densamente povoada, como o bairro de Fátima.

Apesar do final feliz, Madlene não aconselha que pessoas não habilitadas tentem resgatar, cuidar ou mesmo criar animais selvagens, como a preguiça em questão.

“Tenho conhecimento das contenções técnicas para não correr algum risco com o animal. As preguiças possuem garras longas que são, exclusivamente, para se segurarem bem firme na vegetação”, alerta na publicação, que vem acompanhada de várias fotos ao lado do mamífero.

Confira a postagem:

https://www.instagram.com/p/Cg5dL3VDvWr/?utm_source=ig_web_copy_link


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