Celebração de 50 anos de carreira de Luiz Braga

Publicado em 29/06/2024

Com 20 obras inéditas, feitas entre 1982 e 2024, em diversos lugares do Pará, o fotógrafo Luiz Braga celebra a cor da periferia ribeirinha na exposição “Luiz Braga: Colorista”, que abre neste sábado, 29, na Galeria Leme, em São Paulo.

“São o fruto mais maduro dessa minha relação com a cor da minha terra. A seleção das imagens foi feita durante um período em que eu tive que ficar em casa me recuperando de uma cirurgia e aproveitei pra rever todo o meu arquivo e, com ajuda do Eduardo Leme, dono da galeria Leme, e da Lara, que trabalha com ele, nós fizemos uma abordagem exatamente que privilegiasse esse meu viés de colorista”, falou Luiz Braga.

Focada mais na cor do que na temática social de seu trabalho, essa é a quinta exposição do fotógrafo na galeria Leme e é o pontapé inicial para as celebrações de seus 50 anos de carreira.

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“Essa exposição representa uma ode à cor. Foi a coisa que me notabilizou, é pela qual sou reconhecido, então nada como começar a celebração dos meus 50 anos de carreira com uma homenagem a essa técnica que tanto me impulsionou e que tanto me deu prazer, porque me lembro muito bem que quando descobri essas cores, realmente senti que estava me encontrando como autor”, disse Luiz.

“Rede no Paracuari” (2023), “Salto no Igarapé” (2021), “Casa Rosa” (2011), “Menino e Fantasia” (2009) e “Manoel no Ver-o-Peso” (2000) são algumas das imagens que o público poderá contemplar na exposição, que mostram as cores da periferia traduzida muito bem no trabalho de Braga, que é formado em Arquitetura pela Universidade Federal do Pará, em 1983, e aprendeu fotografia por conta própria, a partir dos 11 anos. Já trabalhou com fotografia comercial de 1975 até 2005 e expõe sua obra artística desde 1979. Possui visão única sobre as comunidades ribeirinhas e Amazônia, utilizando a fotografia ao mesmo tempo como registro antropológico muito próximo aos retratados e forma de criação de imagens que conjugam seu próprio valor estético.

“A celebração dos 50 anos de fotografia vai se fazer no ano que vem, com uma exposição em São Paulo e uma em Belém, que é a minha terra, e onde sempre faço questão de mostrar o meu trabalho, porque é a oportunidade que as pessoas têm não só de ver a minha produção, como também de se reencontrar consigo ou com coisas que lhes falam ao coração, as lembranças, que não tem satisfação maior para mim quando uma pessoa olha para uma imagem e se emociona ou lembra de alguma coisa da sua vida. Isso realmente para mim é um momento muito peculiar, importante que obviamente as mídias sociais são hoje uma grande fermenta, mas nada substitui a possibilidade da pessoa entrar num espaço de exposição bem desenhado e contemplar uma obra bem impressa, bem iluminada, isso é quase que sagrado para mim”, adiantou Luiz Braga.

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O fotógrafo tem no seu trabalho a pesquisa da cor como central, mas já realizou trabalhos em preto e branco no início da carreira. Na maior parte de sua produção, experimenta a sensibilidade da película às diversas temperaturas de cor das fontes de luz e reproduz cores saturadas que não correspondem às expectativas realistas. Desde 2005, passou a explorar o uso digital da fotografia infravermelha (nightshot), produzindo imagens monocromáticas tomadas pelo verde.


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