Desafio Valorant: descubra o que o jogo ensina sobre estratégia e trabalho em equipe
Publicado Diário FMem 13/04/2025
Muito além da mira afiada e das jogadas explosivas, jogos como Valorant trazem lições valiosas que ultrapassam o universo gamer. No calor do Desafio Valorant DOL dá pra perceber que os esports também funcionam como uma sala de aula moderna, onde o aprendizado acontece em tempo real – com adrenalina, estratégias, decisões rápidas e, principalmente, trabalho em equipe.
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Cada rodada do jogo é um exercício de estratégia. Os times precisam planejar, se comunicar com clareza e adaptar o plano diante do imprevisível. Um erro de timing ou uma call mal feita pode custar tudo – exatamente como na vida.
Valorant também ensina que não existe vitória solo. Mesmo os jogadores mais habilidosos dependem da sintonia do time para alcançar objetivos. É o famoso “ou vai todo mundo junto ou ninguém vai”. E isso vale para qualquer área: escola, trabalho ou projeto coletivo.
DO GAME PARA A VIDA: O QUE O JOGO ENSINA?
Tarcízio Macedo, pesquisador e professor associado ao Departamento de Estudos Culturais e Mídia e ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF), em regime de pós-doutorado financiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), explica que jogos de estratégia em equipe, como Valorant, podem contribuir significativamente para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais fora das telas, especialmente quando vivenciados em contextos saudáveis e mediados por uma cultura de colaboração.
“Ao exigirem cooperação intensa, comunicação constante e tomada de decisão sob pressão, esse tipo de jogo estimula o desenvolvimento de competências e habilidades sociais e emocionais importantes como trabalho em equipe, empatia, escuta ativa e gestão emocional. Jogadores precisam se adaptar a diferentes perfis, ajustar estilos de comunicação, lidar com conflitos, derrotas, vitórias e frustrações, reconhecer seus próprios limites e aprender com os erros, desenvolvendo resiliência e inteligência emocional”, destaca o especialista, que pesquisa esports, antropologia e economia política do jogo, trabalho e lazer e culturas e comunidades de videogames pelo Brasil, com ênfase na Amazônia.
O pesquisador e professor também reforça que, “a divisão de funções e o papel de liderar estratégias ou coordenar ações dentro do jogo pode fortalecer habilidades de liderança e organização”. No entanto, Tarcízio Macedo sinaliza que esses aprendizados não acontecem de forma automática.
“É importante considerar os jogos não apenas como ambientes de entretenimento, mas como espaços possíveis de educação, desde que inseridos em práticas críticas e coletivas — em escolas, projetos sociais ou ambientes familiares atentos”, explica.
Outro ponto destacado pelo especialista é em relação a rotina dos esports, que de certa forma ajuda não apenas a preparar os jovens para os desafios do mercado de trabalho ou para a vida acadêmica, mas especialmente para quem atua de forma mais profissional ou que busca a profissionalização.
“Participar de uma equipe, cumprir metas, treinar regularmente e lidar com pressão são aspectos que desenvolvem autonomia, aprendizagem contínua, autogestão do tempo, disciplina, foco e capacidade de trabalhar em grupo — habilidades e competências valorizadas em diversos contextos profissionais e acadêmicos”, garante ele, sinalizando que “o ideal seria pensar em formas de aproximar os jogos digitais e as práticas gamer da educação e da cidadania, através da promoção de espaços de aprendizado, convivência e criação coletiva que considerem o potencial crítico e criativo dessas tecnologias, mas também seus riscos e desigualdades”.
DESAFIO VALORANT – GRANDE FINAL
A grande final da segunda edição do Desafio Valorant ocorre neste domingo (13), no Bosque Grão-Pará, em Belém. O DOL transmite ao vivo através do Youtube.
“Sabemos da força do mercado gamer, e o público paraense clamava por um evento deste porte, a nível de estrutura e premiação, e o Bosque entra nesta parceria para ser o local onde tudo acontece, contribuindo para a atmosfera de diversão, competição e muita adrenalina”, destacou Raphaella Rocha, gerente de marketing do Bosque Grão-Pará.
Ao promover competições como o Desafio Valorant DOL, o cenário local mostra que sim – os games podem ser aliados na construção de habilidades que vão muito além do monitor.
“A Claro segue inovando e sempre presente em eventos regionais no Pará, para maximizar a experiência de seus clientes e conectá-los para uma vida mais divertida e produtiva”, finaliza Rosa Bastos, diretora regional da Claro.