Especialista explica como divórcio pode blindar Virgínia na CPI
Publicado Diário FMem 30/05/2025
A separação de Virgínia e Zé Felipe causou grande repercussão na internet e deixou fãs e seguidores de boca aberta. Um dos casais mais queridos das redes sociais, famosos por publicarem diariamente seu dia a dia, anunciaram o rompimento na última terça-feira (27).
Apesar disso, recentemente a influenciadora foi chamada a depor na CPI das Bets, que investiga o envolvimento de famosos com práticas de apostas esportivas. Nesse sentido, segundo a especialista em finanças, Júlia Wazlawick, o divórcio do casal levantou questionamentos acerca dos possíveis efeitos jurídicos e financeiros desse rompimento, que em alguns casos pode ser até uma estratégia para proteger parte do patrimônio em meio as investigações e processos judiciais, principalmente após a CPI.
“Não é raro vermos separações fictícias, transferências de bens para terceiros ou reestruturação societária em holdings como formas de blindagem patrimonial. Tudo isso pode ser feito para proteger o patrimônio de bloqueios, confiscos ou investigações, como a que Virginia enfrenta atualmente”, afirma Júlia.
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Segundo a especialista, a separação pode ter implicações diretas sobre o patrimônio de Virginia. “Se ela transfere legalmente metade dos bens para Zé Felipe, parte do patrimônio deixa de estar no nome dela. Assim, em caso de bloqueio ou confisco, ele recairia apenas sobre a parte que ainda lhe pertence”, explica.
Apesar disso, a prática só é considerada legitima se houver uma separação de fato, com todos os trâmites legais devidamente realizados.
“Se for apenas uma separação fictícia, feita com a intenção exclusiva de afastar os bens de uma possível apreensão judicial, pode ser enquadrada como fraude contra credores”, alerta.
Outro aspecto importante é que, segundo o regime de bens do casal, todo o patrimônio construído durante o casamento deve ser avaliado e dividido de forma proporcional. “O que entra na partilha são os bens adquiridos juntos. Isso será avaliado e dividido conforme o regime do casamento. Só após essa divisão é que se define o que, de fato, pertence a cada um”, diz Júlia.
Para a especialista, não é possível afirmar com certeza que a separação teve motivação patrimonial. Mas ela reconhece que, em casos semelhantes, essa pode ser uma estratégia recorrente. “Separações e reestruturações patrimoniais são ferramentas conhecidas para minimizar riscos financeiros em situações de vulnerabilidade jurídica”, completa.