Evento sobre insetos aquáticos reúne pesquisadores em Belém
Publicado Diário FMem 23/02/2025
Entre os dias 17 e 21 de fevereiro, o Campus Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA) realizou o VII Simpósio de Insetos Aquáticos Neotropicais (Sian). O evento é um marco na história da pesquisa brasileira sobre insetos aquáticos ao reunir mais de 400 participantes de diferentes regiões do Brasil em uma programação ampla que incluiu 52 palestrantes, sendo realizado pela primeira vez na Amazônia.
A Agropalma, empresa brasileira reconhecida mundialmente como referência na produção sustentável de soluções com óleo de palma, focada na sustentabilidade e preservação ambiental, mais uma vez é apoiadora do simpósio. O vínculo entre a UFPA e a Agropalma se dá principalmente por meio do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) da Amazônia Oriental, um dos realizadores do simpósio na Universidade.
Para o coordenador de responsabilidade socioambiental da Agropalma, Wander Oliveira Antunes, que participou como palestrante do evento na última quinta-feira (20), é de total interesse da empresa apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de novos pesquisadores. “Nós estamos aqui para compartilhar um pouco da nossa experiência na Amazônia, com os nossos programas de proteção florestal e também monitoramento da biodiversidade. Temos responsabilidade de fazer uma gestão estratégica e eficiente de nossas áreas de floresta e para isso temos parcerias, como a UFPA, que coleta dados há mais de 15 anos em nossas áreas e entregam bons relatórios que nos ajudam a tomar decisões mais eficientes sobre gestão da biodiversidade”.
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Sobre o programa de proteção das reservas florestais da Agropalma, conforme destacou Wander Oliveira Antunes, a cada hectare de plantação da empresa há 1,6 hectare de reserva florestal protegida, o que resulta em 64 mil hectares de reservas florestais preservadas. Além destes dados, o coordenador de responsabilidade socioambiental também ressaltou os diversos artigos científicos resultantes das pesquisas nas áreas da Agropalma. “Temos orgulho de poder contribuir para a Ciência na Amazônia”, afirmou durante a apresentação no simpósio.
Planejado para garantir a participação e o protagonismo de estudantes de graduação e pós-graduação, o simpósio proporcionou um ambiente propício ao aprendizado e à troca de experiências com os principais pesquisadores da área de estudo. Entre os palestrantes, estiveram nomes de relevância nacional e internacional, que abordaram estudos recentes sobre os insetos aquáticos, envolvendo as áreas de Sistemática, Biogeografia, Ecologia, Genética, Biomonitoramento e História Natural.
O coordenador do evento e professor da UFPA, Leandro Juen, destacou que a programação trouxe uma temática fundamental para as discussões atuais com relação aos estudos com insetos aquáticos, animais que são importantes bioindicadores de qualidade ambiental, como as libélulas. “São aqueles organismos que a presença deles indica água de boa qualidade, água que é potável para o consumo humano”.
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Além disso, o professor ressaltou que por meio do evento houve divulgação científica de popularização da ciência para mostrar a importância desses organismos no meio ambiente. “Ao mesmo tempo, nós estamos falando muito da COP 30 e é essencial que os povos amazônicos sejam incluídos e ouvidos no debate”, afimrou sobre a importância do ambiente acadêmico para a discussão em torno do evento que ocorre em novembro na capital paraense.
Professor de Biologia no Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Daniel Veras, 41 anos, participou de outras edições do simpósio no estado do Rio de Janeiro, no Espírito Santo e agora no nosso estado. Para ele, participar do evento realizado pela primeira na Amazônia tem um significado muito importante para a pesquisa e ciência regional. “Eu comecei a estudar mais a fundo insetos aquáticos no meu mestrado. Então, é um evento onde a gente compartilha experiências e faz network com pesquisadores de vários lugares. Também é uma forma dos alunos conhecerem grandes referências na área e ficarem por dentro das novas tendências em pesquisa”.
Agropalma
A empresa conta com aproximadamente 5 mil funcionários trabalhando em quatro unidades de negócio, nas quais são produzidos óleo de palma, palmiste e seus derivados refinados e fracionados. A agropalma opera com uma cadeia de suprimentos totalmente rastreável e garante um processo produtivo pautado por práticas sustentáveis, que vão desde o cultivo e a preservação da floresta e da biodiversidade até o desenvolvimento econômico e social das comunidades que trabalham com a Agropalma.
Além dos selos e credenciais que certificam o compromisso da empresa, os produtos da Agropalma são destinados a diversas indústrias e são utilizados principalmente nos segmentos de panificação, confeitaria, culinários, lácteos e sorvetes, fritura industrial, cosméticos e oleoquímicos. O portfólio também conta com formulações orgânicas e com soluções customizadas criadas de acordo com as suas necessidades.
É um grupo de capital 100% nacional, que iniciou as atividades em 1982, atualmente com unidades produtivas no Pará e São Paulo. Ao todo, são mais de 107 mil hectares de terras nos municípios de Moju, Tailândia, Acará e Tomé-Açu, divididas em 64 mil hectares de reservas florestais e 39 mil hectares de palmeiras plantadas. Possui seis indústrias de extração de óleo bruto, duas de refino, duas de produção e acondicionamento de gorduras vegetais e cinco laboratórios de controle de qualidade.
A Agropalma mantém parcerias com diferentes instituições para fomentar a pesquisa científica. Para isso, a empresa tem parcerias com a UFPA, Conservation International, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, Ambipar Environment, PPBio Amazônia Oriental e Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD).