Ex-segurança de Diddy diz que foi estuprado pelo rapper

Publicado em 13/12/2024

Uma suposta vítima de P. Diddy falou publicamente pela primeira vez nesta quarta-feira (11), em entrevista à CNN americana. Sob o nome fictício de John Doe, o homem disse que foi drogado e estuprado pelo rapper enquanto trabalhava como segurança em uma de suas festas.

“No início, ele foi incrivelmente amigável, muito polido”, disse o homem, que entrou com acusação formal contra o rapper em outubro. Ele é representado pelo advogado Tony Buzbee, que encabeça várias das acusações contra Diddy.

Na entrevista, a suposta vítima teve a voz distorcida e o rosto esfumado para proteger sua identidade. Ele afirma ter sido contratado por uma empresa terceirizada para trabalhar como segurança em uma das famosas “White Parties” de Diddy, em 2007.

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Em certo momento da festa, o próprio Diddy o abordou e lhe ofereceu um drink e depois outro. Ele aceitou. “Quando o primeiro drink começou a fazer efeito, eu me lembro de pensar: ‘uau, isso é forte’. Foi só quando estava terminando o segundo drink que percebi que havia algo errado com aquelas bebidas. Já era tarde demais”, relatou o homem.

“Infelizmente, Sean Combs estava me observando de algum lugar. Uma vez que ele viu que eu já estava indefeso e se certificou de que estava em uma posição de poder, ele tirou vantagem da situação”, narrou.

Em seguida, Diddy teria forçado o homem a entrar em um veículo SUV, deitado-o de bruços e o estuprado. Ele relata que tentava se soltar, mas não tinha forças devido ao efeito da droga, que acredita ser GHB.

“Eu gritava e pedia para ele parar, foi incrivelmente dolorido e ele agia como se não fosse nada. Ele parecia desconectado do que estava fazendo. Foi inacreditavelmente abusivo”, disse.

OUTRO LADO

Diddy está preso desde setembro em Nova York e responde a múltiplas acusações por suspeita de tráfico sexual, abuso sexual, estupro e coerção. Ele nega todas as acusações.

A CNN afirma que a defesa de Diddy não se pronunciou sobre o depoimento. Em outubro, quando a ação foi movida junto com vários outros casos, os advogados do artista enviaram nota à imprensa americana dizendo que ele é inocente.

“O sr. Combs e sua equipe jurídica têm plena confiança nos fatos e na integridade da Justiça. No tribunal, a verdade prevalecerá. Sean Combs nunca violentou ninguém, nem adultos, nem crianças, nem homens, nem mulheres”, dizia o comunicado.


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