Feira de Cooperativismo vai até sábado, 26, com entrada gratuita

Começou na tarde de ontem, 24, mais uma edição da Feira de Negócios do Cooperativismo Paraense (Fencoop). Ao todo, 112 cooperativas atuantes no estado estão participando desta que é a quinta edição do evento. Realizado até amanhã, na Estação das Docas, Reduto, Belém, a entrada é gratuita, com funcionamento das 15h às 22h.

“O nosso principal objetivo é mostrar para a população do estado do Pará o negócio cooperativo. Entender que nós somos uma ferramenta de desenvolvimento do Estado. Nós estamos em várias atividades econômicas, desde o transporte de pessoas, a saúde, cooperativas financeiras, coleta seletiva e várias outras”, explica Junior Serra, superintendente do Sistema OCB Pará, organizador do evento.

O tema da feira neste ano vem alinhado a uma diretriz da ONU que instituiu 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, dando luz a importância deste ramo de negócios para a Agenda Global 2030 – metas que visam promover o desenvolvimento sustentável das nações. “A gente tem alguns estudos, inclusive com o próprio Governo do Estado, que mostram que as pessoas que estão vinculadas às cooperativas representam quase 23% da população paraense e nós somos responsáveis por 11% do produto interno produzido no Pará de negócios. Não somos tão estranhos ou invisíveis à economia do estado, temos nossa relevância e a feira vem querer mostrar isso”, completa Serra.

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Rubens Magno, diretor-superintendente do Sebrae Pará, comenta que cada cooperado é um empresário que precisa se enxergar como empresário. “Eu falo isso com muita humildade, sobre de o empresário pode se colocar no mercado. É dessa forma que a gente faz com que esse cooperado se entenda e se veja como empreendedor, vendo as suas particularidades para que o seu negócio dentro de cada cooperativa possa crescer individualmente e fazer cada vez mais que a cooperativa que ele faz parte seja muito forte”, explica.

Paulo Bengtson, secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, representou o Governo do Estado na abertura da Fencoop. “Muitos que vêm participar aqui ou vêm comprar algum produto, eles já se interessam como é que esse produto chegou aqui, como é que isso funciona, como é que um produto chega num supermercado de um outro país sendo que a empresa é pequena, ele entende que essa empresa se coopera com outra, um produtor coopera com outro e juntos eles fazem a empresa forte. Então quem visitar a feira já se interessa pelos números, pelos produtos que estão sendo ofertados”.

Ginelda Silva Lima, 52, é agricultora familiar em Tomé-Açú, nordeste do Pará. Ela conta que trabalha a vida toda com a produção de farinha, mas, há alguns anos, um investidor candense potencializou os produtos da cooperativa e aumentou a quantidade de itens produzidos na comunidade. “É a segunda vez que a gente está participando. Sempre é muito positivo. No ano passado nós conseguimos vender aqui mais 600 quilos de farinha, fora os outros produtos pequenos. E fechamos muitos negócios”, relata.