Gusttavo Lima é indiciado por organização criminosa. Entenda

Publicado em 30/09/2024

O cantor Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco na semana passada como parte da Operação Integration, que investiga uma rede de jogos ilegais em seis estados brasileiros. Lima é acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro e organização criminosa, suspeito de usar sua imagem e negócios para transações ilícitas, somando R$ 8 milhões.

Entenda o caso

A investigação teve início em 15 de setembro, quando a polícia apreendeu R$ 150 mil na sede da Balada Eventos, produtora de Gusttavo Lima, em Goiânia (GO). Durante a operação, 18 notas fiscais emitidas em um único dia pela GSA Empreendimentos, outra empresa de Lima, foram encontradas. As notas foram emitidas para a PIX365 Soluções, uma companhia que, segundo a polícia, faz parte de um esquema de apostas ilegais.

Além de Lima, a influenciadora digital Deolane Bezerra também está sendo investigada na operação. O Ministério Público avaliará se apresentará denúncia formal contra o cantor, enquanto sua defesa afirma que ele não tem qualquer envolvimento com as irregularidades apontadas.

Aprofundamento das investigações

Outro ponto importante da investigação envolve a venda de duas aeronaves da Balada Eventos para empresários investigados. A primeira transação, avaliada em US$ 6 milhões, foi feita para Darwin Henrique da Silva Filho, apontado como integrante de uma família envolvida com o jogo do bicho em Recife.

Em 2024, uma segunda venda ocorreu, dessa vez por R$ 33 milhões, para a J.M.J Participações, empresa de José André da Rocha Neto, também alvo da investigação. Além dessa venda, um helicóptero que já havia sido adquirido por Rocha Neto retornou para as mãos de Gusttavo Lima no fim das negociações. Segundo a polícia, essas transações foram utilizadas para lavar dinheiro oriundo de atividades ilegais, como o jogo do bicho e apostas online. O dinheiro ilegal era misturado a fundos legítimos para dificultar o rastreamento.

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Lima, em depoimento, negou qualquer ligação com Darwin Filho e os outros empresários investigados. Ele também afirmou que as vendas das aeronaves ocorreram de forma lícita, sem ocultação de valores ou irregularidades.

Prisão preventiva e defesa

Gusttavo Lima foi intimado a depor logo após o início da operação, em setembro. José André da Rocha Neto e sua esposa, Aissla, foram presos durante o desenrolar das investigações. Na época, o cantor estava na Grécia gravando músicas em comemoração ao seu aniversário de 35 anos, e há suspeitas de que ele teria ajudado o casal a fugir para a Espanha antes de serem presos.

Essa possível colaboração com os foragidos foi o motivo da prisão preventiva de Lima, decretada em 16 de setembro, mas revogada em menos de 24 horas. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o cantor declarou: “Eu não tenho nada a ver com isso, me tira fora dessa.”

Agora, cabe ao Ministério Público decidir os próximos passos da investigação.


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