Hospital Galileu é referência em alongamento ósseo
Publicado em 27/08/2024
Pioneiro na região Norte, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Grande Belém, se consolida como referência na saúde pública em reconstrução óssea. Apenas em 2024, a unidade já realizou, por meio do governo do Estado, 1.238 procedimentos nessa área, com 774 consultas e 464 procedimentos cirúrgicos, de janeiro a julho deste ano.
A sub especialidade em ortopedia e traumatologia também é conhecida como Alongamento Ósseo. O coordenador de ortopedia do Galileu, Marcus Preti, explica que a indicação para o serviço é em caso de doenças como Deformidades ósseas, Dismetria de membros inferiores, Infecção óssea, que são as osteomielites, Fraturas complexas com falhas ósseas ou articulares e Pseudartroses infectadas ou não, ou seja, falhas no processo de regeneração do osso quebrado.
O Hospital de retaguarda desafoga a intensa demanda de outras unidades de emergência do Pará. A unidade, atende, por mês, 30 procedimentos cirúrgicos e 100 consultas, apenas no serviço de reconstrução óssea. O tratamento é indicado em algumas situações diagnósticas congênitas ou adquiridas, que usa implantes externos, chamados de fixadores externos ou internos, como os pinos, placas, hastes e parafusos.
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Este foi o caso da agente de portaria, Elizabeth da Rocha, de 35 anos. Ela ficou hospitalizada no HPEG após sofrer um acidente de motocicleta. Ela precisou colocar na fratura o aparelho Ilizarov, na unidade.
Recursos
O HPEG dispõe, através do Sistema Único de Saúde (SUS), o fixador Circular de Ilizarov, pois diante da complexidade dos casos, é o mais indicado. O ortopedista Marcus Preti explica que para ele ser colocado é definido um plano terapêutico ao paciente sinalizando o uso. Ele é feito através de um procedimento com anestesia no centro cirúrgico.
“O fixador externo pode ser colocado para consolidação da fratura (fixador não sofre regulação) ou para alongamento ósseo ou correção de deformidade (fixador é regulado com soltura e aperto conforme orientação médica especializada”, detalhou o ortopedista.
Uso de fixador é indolor
O médico garante ainda que o uso do fixador externo não dói. E se houver dor ou incômodo, o paciente deve ficar em alerta e procurar o especialista. “Quando há dor, é de extrema importância e avaliação criteriosa do ortopedista especialista para identificar a razão da dor que pode ser causada por infecção, inflamação, soltura de pinos”, disse.
O tempo para o uso do fixador depende da causa ortopédica a ser tratada. Por isso, o tempo pode variar. O período vai depender se a fratura é complexa, um alongamento, uma correção de deformidade ósseos. A idade também é uma aliada ao tratamento, quanto mais jovem, geralmente, menor o tempo de uso.
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O médico ainda detalha que existe um temor ou alguma fobia ao uso dos fixadores. “Por ser uma estrutura externa conectada ao osso através dos pinos ou fios presos na armação externa, a sensação inicial e errônea é a presença de dor. A fixação interna pode apresentar dor mais que a externa quando estiver solta ou quebrada. Assim, é de grande importância o tratamento com o ortopedista especializado, para evitar dor e situações de danos emocionais”, pontuou Marcus Preti.
Um dos recursos que auxilia esse paciente, é a fisioterapia durante o tratamento do alongamento ósseo. O Galileu também dispõe do serviço durante o período que o usuário está na unidade, como, por exemplo, no pós-operatório.
“E de extrema importância a realização de fisioterapia durante todo o uso do fixador externo, para evitar ou diminuir a dor, atrofia muscular, deformidades … e principalmente manter uma marcha de muletas ou sem a fim de melhorar ou acelerar a consolidação óssea”, finalizou o coordenador.
Perfil – O Hospital Galileu é uma unidade pública do governo do Estado, com gestão do Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).