II Desafio de Valorant: Paysandu detalha preparação para campanha invicta

Publicado em 17/04/2025

O crescimento do esports nos últimos anos fez com que jogadores vissem uma oportunidade de carreira profissional na modalidade. Foi assim que surgiram campeonatos de games estaduais, nacionais e internacionais.

No Pará, o principal deles é o Desafio Dol de Valorant, que teve sua segunda edição nos dias 11, 12 e 13 de abril e consagrou o Paysandu como o grande vencedor. Mas, para chegarem até o troféu, o caminho de preparação foi longo.

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O manager do time campeão, Leonardo Pantoja, conta que no decorrer do ano passado o clube se reestruturou, com investimentos na contratação de players, um coach e uma estagiária de Psicologia, o que fez toda a diferença na vitória de 2025.

“Antigamente nós não tínhamos um coach, ainda estava no início do nosso projeto e do ano passado pra cá, nós trouxemos toda essa preparação. Hoje a gente tem uma estagiária de psicologia, focada em alta performance tendo todo o suporte pra gamer. Então todos esses pontos foram importantes, além de treinar com mais frequência”, comenta.

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Mais do que apenas os investimento por trás das telas, dois jogadores de fora do Pará foram contratados: Paulo Victor (Raised), de Manaus, e Gustavo Henryke (Nevoy), de São Paulo. Leonardo explica que a contratação foi feita para adentrar o cenário nacional de Valorant, já que estão em busca de uma vaga no Valorant Challengers Brazil (VCB).

“Tivemos a oportunidade de contratar dois players de destaque e realmente foram ótimas escolhas. Estão agregando ao time, um deles foi o MVP do campeonato e estamos seguindo bem”, enfatiza.


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CAMISA COM PESO

O Paysandu é um dos mais tradicionais clubes de Belém em diversos esportes, principalmente o futebol. Mas além dos gramados, a pressão por representar a camisa bicolor também pesa.

Para Marcos Santa fé, o “Synk”, o time soube lidar bem com a cobrança da torcida que estava presente no desafio Valorant e levou em conta a confiança com a qual chegaram para as partidas.

“A gente já chegou muito confiante para esse campeonato e a gente chegou já para ganhar mesmo. Então a gente sabia que ia conseguir lidar com a expectativa, lidar com a pressão e ganhar, que foi o que aconteceu”, avalia.


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“Synk” também conta que a preparação começou em fevereiro, com o aumento da frequência de treino, que varia entre 2 e 3 horas por dia. “A gente foi treinando para chegar forte para o campeonato e para outros de nível nacional também”, completa.

Outra coisa marcante no campeonato foi o clima ainda amistoso entre os jogadores de times diferentes, que mesmo sendo adversários, muitos são amigos e chegaram a jogar juntos em outras oportunidades. Sobre isso, “Synk” enfatiza que durante as partidas a atmosfera é diferente.

“Na hora do jogo, assim, não tem esse de amizade não, mas depois é amizade normal […] É um esporte normal, então tu podes tentar prejudicar mentalmente outro cara, chamada de ruim, enfim, essas coisas. Aí se o cara não aguentar a pressão ele vai ficar pior ainda, já é ruim e fica pior, então é basicamente isso na hora do jogo que acontece”, conclui.

A ÚNICA MENINA DA EQUIPE

O trabalho de preparação do Paysandu teve um grande diferencial para conquistar a campanha invicta do time no campeonato.

Yumi Lopes, responsável pela preparação psicológica da equipe, diz que foi muito bem recebida pelos meninos do Paysandu e já está acostumada ao ambiente predominantemente masculino, já que trabalha há 3 anos no ramo dos esports.

“É bem tranquilo, eu já estou bem acostumada, para falar a verdade. Nesse mundo de esportes tradicionais, esportes eletrônicos, é bem incomum você ter uma quantidade muito grande de mulheres ali no meio. Então como eu já estou nesse meio já tenho uns três anos, eu já entrei bem acostumada com isso, os meninos me respeitam muito, respeitam muito o meu trabalho, então é uma relação muito tranquila”, enfatiza.


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Para ir em busca do troféu, ela explica que usou trabalhos de meditação, mindfulness e ativação cognitiva para desenvolver o psicológico dos jogadores ao longo das partidas: “A gente seguiu um cronograma bem elaborado para fazer tanto a preparação mental quanto de reset mental para os meninos, para que cada partida a gente preste bastante atenção muito mais no processo do que no resultado, então a gente estava ali fazendo trabalhos com meditação, mindfulness, ativação cognitiva também, a gente fez também algumas dinâmicas para trabalhar a sinergia deles dentro e fora de jogo e assim a gente conseguiu trazer esse [resultado]”, explicou.

Agora, a preparação segue para os próximos campeonatos de Valorant, com a intensificação do trabalho para, quem sabe, disputar o campeonato brasileiro da modalidade (VCB) e outros desafios estaduais em breve.


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