II Mostra Novíssimo Cinema Paraense: Talentos e Memória

Publicado em 16/05/2024

Após longas décadas sem o devido reconhecimento, a cultura do Pará está em foco no Brasil e em todo o mundo, com a aproximação da COP-30. A riqueza intelectual, a diversidade artística e os grandes talentos do mundo das artes vêm ganhando cada vez mais destaque na mídia e no cinema não poderia ser diferente. Pensando nisso, nos próximos dias 16, 17 e 18 de maio, no Sesc Ver-o-Peso, é realizada a segunda edição da Mostra Novíssimo Cinema Paraense.

Assim como o nome do evento, a programação foi toda planejada com o objetivo de ser uma vitrine de descoberta e distribuição de obras audiovisuais novas, valorizando cineastas e fazedores de cultura novos no circuito cultural do estado. “O Novíssimo é uma pequena provocação sobre estarmos à procura do que está por vir no cenário audiovisual, mas com um olhar no que já foi produzido e merece reconhecimento, por isso fazemos questão de homenagear profissionais da área”, explica João Luciano, um dos organizadores do festival.

Ao longo dos três dias de Mostra, curtas-metragens e videoclipes serão apresentados em sessões especiais, que incluem painéis de discussão com os realizadores e artistas ao final de cada circuito de exibição. Na categoria de curtas, estão as obras “Cabana”, de Adriana de Faria; “Carne Traída”, de Amanda Poça; “O Silêncio do Parque”, de Edivaldo Moura; “Apoptosis”, de Brenda Bastos; “Goat, O Filme”, de Kevin Albuquerque; “Pálido Ponto Vermelho”, de Kalel Pessoa, Lucas Parijós e Arthur Oliveira; “Uma Dança Com Saudade”, de Ana Faleiro; e “Ó, Marambaia: crônicas de um (não) país plurifeérico”, de Clei Souza.

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Já os videoclipes finalistas exibidos serão “Dádiva do Rio”, de Azuliteral; “Prepara e Trava”, de Scarlety Queen; “Armadela”, de Negrabi; “A Hora de Show”, de Karen Iwasaki; “Pra Eu Não Te Esquecer”, de Raidol; “A Última Carta”, de Bella; “Afago de Oxum”, de Daniel ADR, “Suor de Tambor”, de Ney Lima Pela Paz, além do lançamento de “Fala a Verdade”, do cantor Flavinho Almeida. Vale lembrar que os curtas e videoclipes estarão concorrendo em categorias específicas para cada formato, como “Melhor Fotografia”, “Melhor Direção de Arte”, “Melhor Som”, “Melhor Documentário”, “Melhor Atuação Protagonista”, entre outras.

Masterclass – Um destaque importante da Mostra é a presença do Doutor em Artes pela UFMG, Ramiro Quaresma, docente do Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará e idealizador e curador da Cinemateca Paraense. No dia 17 de maio, às 18h30, ele ministrará uma masterclass sobre a história e memória do cinema e audiovisual paraense, entre os anos 1990 e 2020.

Através de uma linha do tempo e com a coleta, catalogação e mapeamento de informações, obras e documentos, Ramiro promoverá um momento de mergulho no panorama social e político das produções, provocando reflexões sobre as obras e suas repercussões até os dias atuais.

Exaltação do cinema paraense – Segundo João Luciano, organizador do evento, há na origem amazônica e no cotidiano paraense uma fonte rica de inspiração. “Isso serve de ponto de partida para a criação de histórias e personalidades marcantes. Devemos utilizar essa onda de investimentos no setor audiovisual com organização e bom planejamento, para cada vez mais sermos protagonistas em nossas narrativas”, afirma ele.

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Baseada na missão de valorizar e promover as produções artísticas paraenses, a Mostra Novíssimo Cinema Paraense faz o pagamento de uma taxa de exibição das obras, tendo em vista o respeito aos realizadores dos curtas e videoclipes. No último dia de Mostra, haverá também um momento de homenagem aos cineastas Miguel Conte e Lorenna Montenegro, que desempenham um papel fundamental na divulgação do cinema paraense e brasileiro em outros países.

“Se queremos um mercado solidificado e coeso, precisamos entender que toda a cadeia de produção precisa ser incentivada. Fortalecer as obras e os realizadores, escoar nossa produção audiovisual para as telas e engajar o público através dessas histórias que são contadas na frente e por trás das câmeras é crucial, para que o cinema continue se desenvolvendo e ganhando mais palco”, conclui João Luciano.


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