Inteligência artificial pode ajudar no desenvolvimento infantil
Publicado Diário FMem 30/03/2025
Professores do Centro de Referência em Educação Infantil Orlando Bitar, no bairro de Nazaré, em Belém, participaram, na quarta-feira (26), de uma capacitação especial para a implantação piloto do projeto SDIA (Sistema Inteligente para Promoção do Desenvolvimento Infantil na Amazônia Paraense). A iniciativa visa desenvolver um aplicativo de inteligência artificial (IA) capaz de identificar alunos da rede pública com dificuldades no desenvolvimento infantil.
Por meio do projeto, as crianças serão submetidas a testes pedagógicos, e, com base em seu desempenho, um algoritmo poderá mapear possíveis dificuldades, sugerindo intervenções ou atividades multidisciplinares adequadas para cada caso. Aos professores, caberá calibrar o aplicativo de acordo com a faixa etária dos alunos e acompanhar as respostas e as análises geradas pela IA.
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Ao todo, 70 profissionais participarão desta primeira etapa, que avaliará 190 crianças em 19 turmas do Orlando Bitar. O desenvolvimento do software começou há 18 meses, após uma encomenda do Governo do Estado, por meio da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) e da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), à Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). “Esse projeto atende a uma demanda essencial: identificar, rastrear e mapear crianças com possíveis atrasos no desenvolvimento durante a primeira infância”, explica Marcus Braga, coordenador do projeto SDIA.
Segundo os desenvolvedores, a primeira infância é o período ideal para detectar déficits no desenvolvimento, pois ainda é possível estimular a criança e corrigir dificuldades, melhorando sua qualidade de vida no futuro. “Se a criança estiver com o desenvolvimento em alerta ou atrasado, isso já indica que ela precisa de suporte do Estado. Mas o grande desafio hoje é: onde estão essas crianças? O sistema vem para responder essa questão, criando um banco de dados com informações sobre os alunos que necessitam desse acompanhamento”, destaca Braga.
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Relatório
Após a capacitação, os professores do Orlando Bitar terão um mês para aplicar os testes nos alunos utilizando o aplicativo. Em seguida, deverão elaborar um relatório com sugestões de melhorias no sistema. Além disso, os resultados obtidos ajudarão a avaliar a precisão da inteligência artificial empregada no software.
Segundo Braga, após a fase piloto e os ajustes necessários, a ferramenta será entregue ao Governo do Pará, que pretende disponibilizá-la para escolas públicas municipais e estaduais e depois formará um banco de dados que deve ajudar no desenvolvimento de políticas públicas educacionais para crianças com déficit ou necessidades especiais.