Jader Filho volta ao RS para buscar soluções para moradias

Publicado em 28/05/2024

O ministro das Cidades, Jader Filho,vai mais uma vez ao Rio Grande do Sul para se encontrar com prefeitos de cidades atingidas pela tragédia provocada pelas intensas chuvas no Estado. O ministro fez um apelo para que as prefeituras de municípios afetados pelas chuvas, enviem o quanto antes as informações sobre a quantidade de casas que deverão ser construídas para a população que perdeu tudo nas enchentes.

Segundo ele, das quase 400 cidades que sofreram destruição de imóveis, somente 55 apresentaram dados suficientes para que o Ministério das Cidades desse início ao processo de contratação para reconstruir as moradias. O alerta foi dado durante a participação do ministro em sessão de debates temáticos sobre a tragédia das enchentes, organizada pelo Senado Federal.

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Sobre as ações que competem exclusivamente ao Ministério das Cidades, que implicam no bem-estar das famílias, Jader Filho destacou a difícil situação dos órgãos municipais de cidades que foram quase totalmente destruídas. “Não se sabe sequer medir qual é o alcance, qual é a quantidade de unidades habitacionais que deverão ser feitas nesses locais”, disse, ao lembrar que em áreas rurais, as pessoas tiveram suas casas totalmente destruídas, enquanto em grandes centros urbanos, como Porto Alegre, as águas ainda não baixaram. “Não existe um remédio único para a resolver os problemas que assolam o Rio Grande do Sul”, enfatizou.

De acordo com o ministro, em conversas com os prefeitos, eles narraram que “não têm sequer condições de enviar a Defesa Civil municipal a esses locais, já que não há como chegar até algumas localidades que foram destruídas pelas águas”. “Temos conversado com prefeitos para tentarmos entender a complexidade da questão, do tema principal, que é a habitação, o tema que é o Minha Casa, Minha Vida. E aí, de fato, temos que ter paciência nesse assunto, fundamentalmente, com os nossos prefeitos que estão com dificuldades imensas, enormes, de nos apresentarem as informações”, frisou.

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“O presidente Lula, está envidando todos os esforços necessários para que possamos enfrentar os problemas de frente, resolver toda a questão da infraestrutura, tudo aquilo que é necessário como resposta e solidariedade do Brasil para com o Rio Grande do Sul” reafirmou o ministro.

Jader Filho lembrou que é necessário reunir todas as informações relacionadas ao número de unidades habitacionais afetadas pelas enchentes. “Somente com essas informações poderemos concluir o planejamento da reconstrução, o que vai permitir que o governo federal possa liberar recursos com esse fim por meio de crédito extraordinário”, informou o ministro.

O crédito extraordinário permite aos governos gastos imprevisíveis e em situações de calamidade. Jader explicou que essas informações são fundamentais para definir os próximos passos destinados ao soerguimento das estruturas arruinadas pelas chuvas, como o grau de dano nas residências ou o risco de novas enchentes no local.

JADER VAI MAIS UMA VEZ AO RS

E, em mais um esforço para reunir as informações necessárias para reconstruir as cidades no Rio Grande do Sul, o ministro das Cidades, Jader Filho, juntamente com o secretário Nacional de Habitação, Hailton Madureira, desembarca, nesta terça-feira, 28, na região para visitar áreas atingidas pelas fortes chuvas.

Capitaneados por Jader Filho, equipes técnicas do governo federal deverão se reunir pessoalmente com prefeitos gaúchos para buscar soluções disponíveis que atendam com mais brevidade as famílias desalojadas. Também deverão visitar locais que possuem loteamento/terrenos seguros para construção de moradias e verificarão a disponibilidade de imóveis em bom estado para aquisição imediata.

A comitiva também deverá averiguar a situação das famílias atingidas. O objetivo é averiguar locais destruídos e conversar com famílias atingidas sobre as necessidades reais e urgentes de cada uma.

Jader Filho tem mantido reuniões virtuais com municípios gaúchos atingidos pelas chuvas que já preencheram o formulário do Ministério das Cidades, que tem por objetivo colher as necessidades por habitações nas localidades atingidas. Os dados vão municiar ações do governo federal, em parceria com os municípios, para garantir moradia e a retomada das cidades.

AÇÕES PREVENTIVAS

Aberta pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PDD-MG), o evento serviu para reafirmar, entre os participantes, a necessidade de o Brasil se aprofundar na discussão sobre medidas preventivas para combater os desafios climáticos. Ele também defendeu o diálogo e a união entre os três Poderes para traçar “estratégias inteligentes” no atendimento à população gaúcha e na reconstrução do estado.

“Esse debate precisa começar a amadurecer a ideia de que precisaremos de medidas preventivas e efetivas para os desafios climáticos. Precisamos aprimorar a nossa capacidade de resposta aos eventos climáticos extremos. O episódio no Rio Grande do Sul não é um caso isolado. As mudanças no clima já são uma realidade no mundo todo e precisamos estar preparados”, declarou Pacheco.

O ministro Jader Filho chamou a atenção para aquilo que nominou como “novo normal”, lembrando que o cenário que acontece no Rio Grande do Sul pode voltar a acontecer em outras regiões: “vamos falar das obras de prevenção, e aqui faço uma fala especial para esse Congresso Nacional alerte sobre a importância de que nossas cidades estejam preparadas, adaptadas com obras de prevenção à desastres”, disse.

“Se a adaptação de nossas cidades não for uma prioridade para este país, com obras de prevenção a desastres, iremos ver tragédias como essas cada vez mais frequentes e o Brasil terá um custo muito maior, se nós não tratarmos de prevenção como prioridade neste país. O Brasil precisa entender a urgência climática. O Brasil precisa priorizar isso nos seus orçamentos”, ressaltou.

SESSÃO DEBATEU DANOS CAUSADOS PELAS CHUVAS

A realização da sessão de debates foi proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que preside a Comissão Temporária Externa do Rio Grande do Sul. O debate reuniu parlamentares, ministros e secretários do Executivo para tratar dos danos causados pelas fortes chuvas.

As enchentes afetaram 469 municípios, com danos severos a infraestrutura do estado, como estradas e pontes, além de impactos no abastecimento de luz e água.


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