Pai é condenado a 24 anos de prisão por estuprar as filhas
Publicado em 23/05/2023
O juiz Luiz Trindade Junior, da Comarca de Muaná, condenou na última segunda-feira (22) um pai que estuprava, há mais de seis anos, as duas filhas adolescentes. Para cada vítima, o réu cumprirá 12 anos de prisão em regime inicial fechado, que somadas as penas totalizam 24 anos.
“A culpabilidade vista como juízo de reprovação da conduta é grave. O réu é primário e ostenta bons antecedentes. Não há elementos para análise da conduta social do réu. Sabe-se que a personalidade está ligada ao perfil psicológico e moral do acusado. No caso dos autos, não obstante o tipo de crime cometido, praticado contra adolescente menor de 13 anos de idade, a indicar possível e grave desvio moral e emocional”, destacou o magistrado, em sua decisão.
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O juiz, após análise do processo e de ouvidas as testemunhas, também concluiu que “pelas riquezas das provas, e por todo o exposto, firmo o convencimento de que o réu manteve conjunção carnal e praticou ato libidinoso com as vítimas, suas filhas”.
O caso
De acordo com a denúncia, o pai de duas crianças de 14 e 12 anos as estuprava, no município de Muaná. O Conselho Tutelar de Muaná recebeu uma denúncia da própria mãe das vítimas, relatando que suas filhas vinham sendo abusadas sexualmente pelo próprio pai.
Em diligências, o Conselho Tutelar e a Polícia Militar se deslocaram até a residência das vítimas, na Comunidade Canaã, às margens do rio abaixo Atuá, zona rural do município. Chegando ao local, foram encontradas na residência duas armas de fogo, situação que fez a Polícia Militar dar voz de prisão imediatamente ao acusado.
O homem confessou durante interrogatório que mantinha relação sexual com as meninas há pelos menos seis anos, quando a mãe viajava para realizar tratamento médico no município de Abaetetuba. Os fatos só foram descobertos quando a genitora passou perceber mau cheiro nas roupas íntimas das crianças. As vítimas foram encaminhadas para serem submetidas a Escuta Especializada no Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS), onde confirmaram que vinham sendo abusadas pelo pai há bastante tempo.