Pará registra 20 mil casos prováveis de dengue este ano

Publicado em 18/10/2024

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera bem, porém, parte deles pode progredir para formas graves, inclusive com risco de morte. De janeiro a 16 de outubro deste ano, o Pará registrou 20.609 casos prováveis de dengue. Dessas ocorrências, 13 resultaram em óbitos. Os dados são do Ministério da Saúde.

Na capital paraense, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), conforme o boletim atualizado de 3 de setembro, foram 5.294 casos notificados e 2.666 confirmados para dengue, com quatro óbitos registrados.

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Os bairros que apresentam os maiores números de casos são Guamá (405), Pedreira (339) e Jurunas (254). O chefe de controle de endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Belém, Alberto Rodrigues, alerta a população para os sintomas da dengue, que incluem febre alta acima de 38,5º, dores musculares intensas, dor de cabeça e manchas avermelhadas na pele.

Em caso de suspeita ou diagnóstico confirmado de dengue, o chefe de controle de endemias alerta que não se deve utilizar medicamentos como ácido acetilsalicílico (aspirina) e outros anti-inflamatórios, como ibuprofeno, diclofenaco e nimesulida.

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“Essas medicações podem potencializar os sintomas da dengue. É importante que quem estiver com a suspeita confirmada deve tomar muita água porque a doença pode causar perda de líquido no corpo”, explica, sobre a importância de manter o corpo hidratado para aliviar os sintomas e evitar o agravamento da doença.

Uma das formas de prevenção é a vacina do Sistema Único de Saúde (SUS) disponível nos oito distritos de Belém e em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital paraense.

O público-alvo são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Porém, para que a imunidade seja completa para os quatro tipos de dengue é preciso tomar duas doses no intervalo de 90 dias. “Estamos com uma cobertura baixa e apenas 10% do público-alvo imunizado, 3.786 pessoas receberam a primeira dose, mas dessas apenas 196 voltaram para receber a segunda dose e completar a imunização”, explica Alberto Rodrigues.

Segundo a Sesma, com base no Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti, Belém apresenta índice de infestação de 1,5%, classificado como alerta para epidemia de dengue. “Do total de criadouros do mosquito da dengue identificados pelas equipes de endemias, 46,7% foram encontrados em residências”, destaca, sobre a importância de ficar alerta para evitar criadouros do mosquito.

“São cuidados básicos como verificar sempre o quintal de casa para não deixar água acumulada em qualquer recipiente. Uma única tampinha de garrafa é suficiente para dar origem ao mosquito transmissor da doença. A melhor forma de vencer a dengue é evitar novos casos por meio da prevenção”.

Na capital paraense, muitas pessoas tomam cuidado em casa para se proteger contra a doença. O autônomo João Ramos, 53 anos, sempre verifica em casa se há algum tipo de criadouro para o mosquito, tomando precauções como, por exemplo, sempre deixar a caixa d’água bem fechada. “É uma doença séria, que pode até matar. Por isso todo cuidado é pouco”.

A dona de casa Karlene Souza, 26 anos, também afirma que toma todos os cuidados contra a dengue. “Precisamos nos prevenir. Um copinho acumulando água já pode ser perigoso. Em casa eu fico de olho. Eu nunca peguei dengue, mas conheço alguém que já teve uma vez. Isso deixa a gente em alerta”.

Contato

A Sesma disponibiliza o número (91) 3258-4258 para denúncias sobre criadouros em terrenos abandonados e ter orientações da equipe de endemias do município. “Nossos agentes de endemias atuam nos 72 bairros de Belém para evitar ao máximo novos casos de dengue”, reforça Alberto Rodrigues.


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