Patrocinador do BBB 24 será investigado por Fake News
Publicado em 19/01/2024
O Ministério Público Federal iniciou uma investigação sobre possíveis abusos cometidos pela plataforma de mídia social Kwai no Brasil, com base em denúncia anônima recebida pelo órgão. A empresa é uma das maiores patrocinadoras do BBB 24.
Indícios de Manipulação:
Alegações sugerem que o Kwai, originado na China, estaria promovendo conteúdos e perfis falsos para impulsionar visualizações e engajamento de seguidores.O MPF aponta para a possibilidade de a própria plataforma ou empresas contratadas por ela estarem produzindo postagens com informações inverídicas, sem identificação de origem.
Três Frentes de Investigação:
Perfis Falsos de Autoridades Públicas:
Exame da suposta criação de perfis falsos de órgãos e autoridades brasileiras no Kwai, como se fossem páginas oficiais.
Desinformação durante as Eleições de 2022:
Análise da possível produção e circulação de notícias falsas na plataforma, especialmente durante o período eleitoral, visando aumentar a audiência.
Conteúdo Sensível e Violência:
Investigação sobre a hipótese de o Kwai buscar elevar o engajamento por meio de vídeos contendo atos de violência contra mulheres e exposição indevida de crianças e adolescentes.
Cobranças e Solicitações de Informações:
O MPF exige esclarecimentos da Joyo Tecnologia Brasil Ltda, representante do Kwai no país, e de empresas de publicidade associadas à produção de conteúdo desinformativo ou apelativo desde 2022.Espera-se que o Kwai e suas parceiras forneçam detalhes contratuais, mensagens, gravações, documentos e evidências relacionadas às condutas em investigação.
Abordagem Inédita:
O MPF destaca a singularidade do caso, investigando uma plataforma digital que atua não apenas como intermediária, mas como autora de conteúdos falsos e apelativos para expandir sua audiência e lucros.
Contexto Ampliado:
Desde 2021, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão apura a postura de outras sete plataformas digitais (YouTube, TikTok, Instagram, Facebook, X, Whatsapp e Telegram), acusadas de omissões no combate à desinformação e à violência digital.