Plantão mais triste da história da Globo chocava o país há 31 anos

Há exatos 31 anos, a TV brasileira protagonizava um dos momentos mais impactantes de sua história: o plantão da Globo interrompeu a programação no início da tarde de 1º de maio de 1994 para anunciar a morte de Ayrton Senna. A vinheta que hoje é sinônimo de urgência e tensão entrava no ar para comunicar a perda de um dos maiores ídolos do esporte nacional.

Senna, tricampeão mundial de Fórmula 1, disputava o Grande Prêmio de San Marino, no circuito de Ímola, na Itália, quando perdeu o controle do carro na curva Tamburello e bateu com força contra o muro. Ele tinha apenas 34 anos e buscava sua primeira vitória pela equipe Williams.

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Milhões de brasileiros acompanharam o acidente ao vivo e, sem redes sociais ou internet rápida na época, passaram o domingo esperando informações pela televisão.

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Coube ao repórter Roberto Cabrini, direto do Hospital Maggiore, em Bolonha, dar a notícia às 13h40, horário de Brasília: “Morreu Ayrton Senna da Silva. Uma notícia que a gente nunca gostaria de dar.”

O Brasil parou. A Globo cancelou programas como o Domingão do Faustão e o Fantástico para cobrir a tragédia. A comoção se estendeu por toda a semana, com a chegada do corpo ao país, o velório aberto ao público em São Paulo e o enterro do piloto, transmitidos ao vivo por todas as emissoras.

Segundo o jornalista Rodrigo França, autor do livro Ayrton Senna e a Mídia Esportiva, a repercussão foi ainda maior do que seria com a morte de um chefe de Estado. “Ele era o símbolo de um Brasil que vencia, em meio a tantas decepções políticas e econômicas.”

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A cobertura intensa refletiu a dimensão de Senna para os brasileiros. Ídolo dentro e fora das pistas, ele era visto como esperança em um país que enfrentava instabilidades e incertezas. Até o lançamento de uma novela, Éramos Seis, foi adiado pelo SBT, tamanha a comoção nacional.

Veja o plantão da Globo