Praças de Belém são opções de descanso e lazer
Publicado Diário FMem 20/01/2025
As praças da capital são ótimas opções para quem curte fazer um passeio tranquilo aos finais de semana. Isso porque elas são espaços de lazer, consumo e contato com a natureza. Com a verticalização crescente de Belém e uma rotina cada vez mais estressante, esses espaços desempenham uma importante função para o bem-estar da população, que pode, em um simples passeio, apreciar a natureza, praticar atividades físicas e conhecer um pouco de história.
Em uma área de 5 mil metros quadrados, o Complexo Turístico Ver-o-Rio está localizado às margens da Baía do Guajará, entre os bairros do Telégrafo, Umarizal e Reduto, sendo uma clássica opção de passeio em Belém aos finais de semana. De manhã, o espaço é utilizado para contemplação do rio, brincadeiras no espaço infantil, além da venda da tradicional tapioquinha com café.
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Já ao anoitecer, o ponto turístico é parada de encontro para assistir ao pôr do sol e um atrativo para vendas de guaraná da amazônia, pipoca, hot dog e brinquedos para a criançada, além dos passeios de pedalinho.
Aos domingos, José Augusto Guimarães, 36, leva os dois filhos para passearem, cedinho, no Ver-o-Rio. O costume já virou tradição entre as crianças, que sempre pedem pelo programa. O espaço se tornou um ponto para a brincadeira dos meninos e o local ideal para eles se desestressarem através das brincadeiras ao ar livre.
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“Todo domingo de manhã a gente vem aqui porque é um espaço aberto, mas, ao mesmo tempo, bastante seguro e as comidas são muito boas. Eu prefiro trazer eles aqui porque dá para brincar bastante e ficar mais à vontade, é um local mais tranquilo. E eles já esperam vir tomar café, eles já cobram porque é o momento que eles também vem brincar. Como a gente mora em apartamento, eles ficam muito presos durante a semana e domingo é o momento da gente trazer eles para se divertir e desestressar”, relatou o administrador.
Visitar praças e espaços públicos de lazer em geral aos domingos é um costume que Indara Cardoso, 43 anos, tenta construir com o filho Igor, de apenas três. Então, todo final de semana, a família vai a um ponto turístico de Belém para que o garoto conheça, se divirta ao ar livre e tenha contato com outras crianças da mesma idade. Para ela, é preciso investimento em mais espaços desse tipo.
“Todo final de semana a gente procura um espaço de Belém para levar ele. A gente sempre procura ir em Mosqueiro, Porto Futuro, Praça Batista Campos. Ele é de uma geração de apartamento, não anda descalço, fica mais na televisão e eu faço tudo para ele ter um contato maior com a natureza, andar descalço, pegar sol, pegar na areia, brincar na rua. A gente que trabalha muito durante a semana procura esses espaços públicos”, conta a bancária.
O passeio com a cadela Bibi foi a oportunidade para que Karina Batista visitasse pela primeira vez o Parque Urbano de Belém Porto Futuro. Além do momento pet, o passeio ocorreu por outra ocasião muito especial: o chá revelação do sexo do futuro neto. Para ela, o espaço é um ótimo local para o lazer das famílias, principalmente em relação às crianças, já que é completamente gradeado, o que garante maior segurança e tranquilidade para quem quer se divertir sem se preocupar.
“Eu moro em Belém, mas na correria do dia a dia a gente não tem muito tempo para parar por esses locais. Eu moro em apartamento com a Bibi, é muito complicado por não ter muito espaço para passear com ela. É a primeira vez que ela vem também, então tá querendo explorar tudo, se desestressar de casa. É muito bom termos espaços abertos em Belém, tem poucos lugares como este, principalmente para as crianças. É um espaço que compartilhamos a brincadeira tanto com os pequenos quanto os pets porque passa segurança”, avaliou a assistente administrativa.
Atividade física
O passeio pelos pontos turísticos e históricos de Belém é um costume entre o casal Moisés Rosas, 45, e Helen de Freitas, 35 anos. Amantes de atividade física, todo final de semana eles acordam cedo para fazer um percurso de bicicleta, caminhando ou correndo por espaços como Praça Batista Campos, Praça da República, Complexo Feliz Lusitânia e Portal da Amazônia. Às 10h, após um roteiro que contemplava as praças do centro da cidade, o pedal continuou pela ciclofaixa do Porto Futuro, onde também costumam ir com frequência.
“A gente gosta de praticar atividade física e nos finais de semana a gente passa pelos pontos turísticos de Belém pedalando, caminhando ou correndo. Hoje [ontem] a gente foi à Praça da República, da Batista Campos, já demos uma volta e paramos aqui. Aqui tem a questão da segurança maior do que os outros lugares porque não é completamente aberto. A gente acha muito importante esses locais justamente para poder ter a possibilidade de praticar atividades físicas como a gente faz”, disse o estrategista de marketing imobiliário.
Pontos turísticos são fontes de renda
Belém tem diferentes pontos turísticos e neles muita gente enxerga uma oportunidade para ganhar uma renda extra ou tirar o sustento com a comercialização de diferentes itens. No Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco, e na Praça Frei Caetano Brandão, na Cidade Velha, os trabalhadores vendem os mais diferentes produtos, desde água de coco a salgadinhos e brinquedos.
O autônomo Mário Carvalho, 72, há uma década, todos os domingos, trabalha com a venda de bombons, pipocas, água e salgadinhos em frente ao Bosque Rodrigues Alves. O trabalhador conta que é com a renda obtida com a venda dos itens que consegue manter em dia as contas de casa. “Aqui é mais movimentado no final de semana. Dá pra tirar um dinheiro pras nossas necessidades”.
Raimundo Santiago, 70, também trabalha em frente ao Bosque aos domingos desde 2015. O carrinho bem sortido oferece aos visitantes opções de brinquedos infantis, refrigerantes, pipocas e bombons, produtos que garantem a renda mensal do autônomo. “Aos domingos eu venho pra cá na frente do Bosque até ele fechar. Durante a semana eu fico na (avenida) Duque (de Caxias). É como eu consigo me manter”.
Em outro local muito visitado na capital paraense, no bairro da Cidade Velha, a Praça Frei Caetano Brandão fica em frente às Igrejas de Santo Alexandre e da Sé e também da Casa das Onze Janelas e do Forte do Castelo. É nesta praça envolvida por cartões-postais que a autônoma Ana Amaral, 48, trabalha há 22 anos com a venda de cocos, refrigerantes e cervejas.
De acordo com a autônoma, os finais de semana na área são melhores para garantir uma renda a mais. “O movimento sempre é bom nos sábados e domingos, principalmente de dia. É com esse dinheiro que a gente consegue sobreviver”.
A autônoma Renata Alves, 30, trabalha com a venda de pipocas doces e salgadas na área da Praça Frei Caetano para garantir o sustento dela e também dos três filhos. Renata explica que além de trabalhar no fim de semana nesse ponto da Cidade Velha, também comercializa os produtos na semana na área do Comércio. “Eu faço meu próprio horário e consigo com as vendas das pipocas criar meus filhos”.