Produtos de Natal já estão à venda com aumento de até 10%
Publicado em 18/11/2024
Estamos há pouco mais de um mês para a data comemorativa mais esperada pelo setor de comércio, o Natal, e os supermercados já começam a se organizar para trazer às prateleiras itens natalinos que vão fazer parte da ceia, como panetones, chocotones, peru, tender, frutas cristalizadas, castanhas, nozes, vinhos e espumantes. Porém, com o preço elevado da cesta básica dos paraenses, o alerta está aceso para quem pensa em fazer uma ceia em casa.
O supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA), Everson Costa, ressalta que a demanda de final de ano vai se intensificar em breve com a busca dos ingredientes tradicionais da ceia de Natal, que incluem produtos nacionais e importados, como peru, bacalhau e nozes. “Pesquisas iniciais mostram que esses produtos já estão mais caros, mesmo com o abastecimento ainda por acontecer. Em alguns casos até com o dobro da inflação de 4,5%. Dependendo do produto, chegam a mais de 10%”.
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Conforme o especialista, três fatores vão influenciar o quanto as pessoas poderão gastar nesta ceia de 2024: o orçamento familiar, a quantidade de pessoas na família e a procedência dos produtos. “O local de onde vem a mercadoria tem influência direta no preço final das mercadorias importadas. O dólar está bem mais elevado do que no mesmo período do ano passado, fazendo a taxa de câmbio mais cara e refletindo no preço dos produtos”.
A empresária Thalita Cassiano, 36 anos, sempre presenteia os cinco funcionários da lavanderia dela na época de Natal. Entre os itens que ela compra para os colaboradores estão os tradicionais panetones. Mas a empresária comenta que os preços este ano não estão atrativos, com o valor do panetone bem acima do esperado para ela. “Eu sempre compro para dar para a minha equipe. Além disso, eu faço a ceia em casa e compro também chester e frutas cristalizadas, entre outros itens. Mas parece que a ceia vai ser bem mais custosa”.
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O vigilante Josué Moura, 44, já considera o preço atual das aves, como peru e chester, bem acima do normal nos supermercados. Ele diz que a intenção dele é comprar uma das aves para a ceia deste ano com a família, mas vai pesquisar muito bem antes de colocar no carrinho e levar para casa. “Se agora está assim, em dezembro vai ficar ainda mais caro. Fica absurdo o preço quando chega a época natalina. Uma boa alternativa é ficar atento se tiver alguma promoção”.
Segundo o supervisor técnico Everson Costa a dica é tentar adquirir com antecedência tudo o que for possível para a ceia. “O que não der para comprar logo, a recomendação é pesquisar quanto mais se aproximar a data do Natal e quem sabe até dividir os custos da ceia para ter um equilíbrio nos gastos. A diferença entre preços não é só na marca do produto, mas também entre um supermercado e outro. O preço de um mesmo item pode variar até 20% entre estabelecimentos diferentes”.