Programas garantem diversidade e inclusão
Publicado em 27/02/2023
Ao longo da sua história na mineração, Odimária diz perceber uma grande evolução na área de diversidade e inclusão, mas para ela, ainda há muito o que ser conquistado.
“A empresa tem metas, com mulheres trabalhando na liderança, nas operações, mas também é um caminho muito longo a percorrer, um desafio a ser enfrentado pela frente, mas a Hydro vem caminhando com muito êxito nesse processo”, reforça.
Assista ao vídeo:
A professora e pesquisadora Karen Santos destaca que o maior desafio da inclusão dentro das empresas não é o nível de qualificação – inclusive muitas mulheres têm alto nível de especialização na área – mas o entrave relacionado a mentalidade machista, o assédio e a naturalização dos abusos psicológicos.
“As empresas têm um papel obrigatório de garantir um ambiente de trabalho respeitoso. No Brasil, a exploração dos recursos minerais é monopólio da inciativa privada, logo a boa gestão de pessoas como capital humano é essencial no desenvolvimento e no fomento à diversidade. Portanto, é necessário compreender que lucro em uma sociedade caótica não gera solidariedade. Partindo dessa premissa, as interações em sua maioria pautadas pela diversidade, precisam responder as razões objetivas de sobrevivência. É preciso criar uma estrutura ativa e permanente de comprometimento com as ações de inclusão de gênero, de forma responsável e diversa”, opina.
Mulheres que representam e inspiram
E promover justamente a inserção de mulheres em suas operações tem sido um dos compromissos da Hydro em sua estratégia de diversidade. Em 2022, 46% das pessoas contratadas pela empresa se identificaram com o gênero feminino. No entanto, a meta global é aumentar a representação desse público em suas equipes.
“Tiveram muitas mudanças. Quando eu entrei haviam algumas mulheres, mas era a minoria. Hoje já está praticamente 25%, com a empresa efetivando mulheres. Isso é muito bom para nós que queremos trabalhar nessa área da operação. Eu me sinto feliz por estar aqui participando desse processo. É um trabalho que não é qualquer pessoa que pode fazer e nós estamos aqui, ganhando o nosso espaço no dia a dia”, celebra a operadora.
Odimária não inspirou apenas outras mulheres. Através da sua força, capacidade, conhecimento e vontade de conquistar novos espaços, ela também acabou incentivando o filho Daniel Gabriel Araújo, de 31 anos, que hoje trabalha na mesma função que a mãe, atuando como operador de trator D11 e caminhão fora de estrada.
Acompanhe:
Maria Elcione é outra grande potência na Hydro. Ela entrou na mineração quando tinha apenas 19 anos. Hoje é a única mulher a operar uma escavadeira de grande porte – a maior das escavadeiras na mina – na mineração Paragominas.
Veja aqui a trajetória dela:
Mãe de uma menina de 11 anos, ela também é a única mulher a operar uma dragline – máquina de grande porte projetada para atender as difíceis condições em ambientes de mineração – na Hydro Paragominas. Confira:
“Provavelmente, eu também sou a única a operar uma dragline de mineração no Brasil. Ela tem um peso de aproximadamente 350 toneladas e uma lança de cerca de 43 metros. É um desafio muito grande e eu gosto disso. Tem que ter coragem”, avisa Maria Elcione.
Assista:
No Brasil, o programa Diversidade, Inclusão e Pertencimento está atuando em todas as áreas e diferentes frentes da companhia. A empresa vem abrindo vagas afirmativas, por meio da criação de um programa de trainee voltado especificamente para pessoas que se identificaram com o gênero feminino e com os programas de Estágio e Jovem Aprendiz com, no mínimo, 50% de mulheres entre os selecionados. Além disso, a Hydro também vem investindo na capacitação da mão-de-obra feminina nas localidades próximas às suas operações.
“Estamos promovendo profissionais internamente nas operações de nossa refinaria Alunorte e Albras, em Barcarena, e a proposta é que estas mulheres que foram capacitadas pelo Senai ocupem vagas das mulheres que foram promovidas. Das 84 formadas, 19 já foram contratasse este banco de talentos continuará sendo nossa referência de contratação na região”, destaca Nelia Lapa, vice-presidente de RH, Comunicação, Saúde e Segurança da Hydro no Brasil, que reforça que “o setor industrial é majoritariamente masculino, inclusive na indústria do alumínio, mas estamos trabalhando para mudar este quadro”.
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Acolhimento e valorização
Outro programa desenvolvido pela Hydro é a abertura de vagas específicas para mulheres engenheiras nas áreas de Mecânica, Elétrica, Civil, Automoção, Química ou Produção. Segundo dados da companhia, ao todo, 14 mulheres foram contratadas por meio do programa, não sendo necessário ter experiência prévia na área para participar do processo seletivo.
“Não adianta trazer essas profissionais se elas não se sentirem acolhidas e valorizadas pela empresa. Por isso, o programa tem como premissa básica o acompanhamento e o desenvolvimento das pessoas que se identificam com o gênero feminino. Sabemos que esta jornada está apenas no começo”, reforça Nelia.
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Odimária: máquina de 250 toneladas não provocou medo