Ver-o-Peso, o cartão postal de Belém e da Amazônia

Publicado em 30/06/2024

Ir a Belém e não visitar o Ver-o-Peso é o mesmo que ir a Paris e não conhecer a Torre Eiffel. O mercado de 397 anos é considerado o maior a céu aberto da América Latina e o principal cartão postal da capital paraense.

É fato que neste verão amazônico, o ‘Veropa’, como é carinhosamente chamado pela população, está em uma merecida reforma que tem alterado um pouco o seu funcionamento e disposição de setores. Ainda assim, a feira é um roteiro imperdível para quem vem conhecer Belém. É como se fosse uma amostra de tudo de bom que a floresta amazônica pode oferecer à humanidade.

No Mercado de Ferro, o visitante encontra toda a diversidade do pescado amazônico, trazido direto para comercialização nas embarcações que chegam à Pedra do Peixe. É uma oportunidade de ver de perto o Filhote, a Pescada Amarela, Dourada, Tambaqui e tantos outros que são a base para o melhor da gastronomia paraense.

No setor de ervas, as erveiras mostram um pouco do misticismo que vem da floresta com toda sorte de ervas medicinais e aromáticas que são usadas em banhos e preparados que ajudam na cura física e espiritual de diversos males, desde dores, até a falta de um amor pra chamar de seu.

As frutas, vendidas por todo o complexo, mostram a infinidade de opções que o paraense tem para se alimentar com o que a floresta oferece: camapu, castanha-do-Pará, cupuaçu, bacuri, pupunha, bacuri e muitas outras que podem ser consumidas lá mesmo, in natura, ou transformada em sucos, doces e outras criações também na feira.

E sabe aquela fama que as pessoas voltam do Pará sempre com um isopor? Você vai entender nessa visita ao Ver-o-Peso. Difícil vai ser não querer levar pra casa camarão seco, goma de mandioca, farinha de mandioca e tapioca, tucupi, maniva, pirarucu seco, especiarias e até o açaí original, batido na hora. Dá vontade de levar tudo!



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Se for cedo, aproveite a feira também para tomar um café da manhã com tapioca e cuscuz paraense. Se deixar para ir próximo ao horário do almoço, aproveite para fazer essa refeição por lá. As chamadas boieiras do Ver-o-Peso são cozinheiras de mão cheia, tanto que chefs de renome nacional e internacional, como Alex Atala e Thiago Castanho, sempre que podem, estão pela feira, trocando experiências com essas mulheres formadas pela universidade da floresta e suas inspirações indígenas. A chef Eliana, do Box 49, por exemplo, já teve a missão de ensinar os chefs de fora a fritar um peixe à moda do Veropa.

Mas nem só de produtos vive o Veropa. O local é o ganha-pão de 5 mil trabalhadores em mais de 1.250 barracas. Estima-se que circulem pela feira cerca de 50 mil pessoas por dia. O contato com essa população, em sua maioria simpática e carinhosa com os frequentadores, é uma atração a parte que, com certeza, fará você voltar para casa com muita história para contar.




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