Zuckerberg esconde rosto das filhas, mas e outras crianças?

Publicado em 19/07/2023

Com o aumento frequente do uso das redes sociais em todo o mundo, a segurança tecnológica saiu do controle até mesmo de quem deveria ter o total domínio sobre ela. A internet é um abismo sem fim repleto de mistérios, além de carregar um lado sombrio, com isso, qualquer pessoa fica exposta a diversos riscos de seguranças. 

Essa semana, uma foto postada por Mark Zuckerberg, CEO da Meta (dona do Instagram, Facebook e WhatsApp), com emojis escondendo os rostos das filhas mais velhas chamou a atenção na web e reacendeu o debate sobre os riscos da exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais.

Se nem mesmo o dono das mídias tem o controle sobre elas, quem dirá um ser humano comum? A atitude tomada pelo chefe das principais plataformas sociais em funcionamento no Brasil, levantou outra questão: o que é feito com os dados dos seus filhos nessas redes?

Tipos de exposição 

Existem quatro maneiras de os dados e imagens das crianças e adolescentes ficarem expostos nas redes sociais. 

Confira:

Sharenting: Esse termo é usado para a prática em que os pais/responsáveis legais compartilham e divulgam fotos, vídeos e informações sobre seus filhos na internet. Apesar de parecer inofensivo, o sharenting alerta para o cuidado ao divulgar imagens que possam revelar detalhes sobre a vida cotidiana, hábitos, locais frequentados e outras informações pessoais de crianças e adolescentes que possam colocar em risco a segurança deles.

Identificação em postagens de terceiros: Mesmo que o menor de idade não tenha uma conta em uma rede social, eles ainda podem ser identificados em postagens feitas por outros usuários, como familiares ou colegas de escola.

Perfis: Se o menor  tiver um perfil público em uma rede social, suas informações pessoais, como nome, localização e fotos, podem ser acessadas por qualquer pessoa na internet. Em caso de perfil fechado, apesar dos dados não serem acessados por outras pessoas, eles são coletados pela plataforma utilizada – processo autorizado por eles assim que criaram login e senha, através dos Termos de Uso.

Interações em grupos e fóruns: O menor de idade pode participar de grupos, fóruns ou comunidades online em redes sociais. Nessas interações, eles podem compartilhar informações pessoais ou revelar detalhes de suas vidas. Por isso, a orientação é que o uso seja monitorado por adultos responsáveis.

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O que a Meta sabe sobre seus filhos?

 Ao fazer o cadastro em qualquer rede social, dados pessoais do uruário são coletados pelas plataformas, alguns exemplos comuns são: localização do usuário, histórico de navegação na internet e até o que você comprou enquanto estava conectado.

 Todas as informações de quais dados são coletados e como eles podem ser usados pela empresa precisam estar descritos nos Termo de Uso e Política de Privacidade, segundo regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

Instagram e Facebook podem coletar: 

– O conteúdo criado, como publicações, comentários ou áudios.

– O conteúdo é fornecido por meio da câmera do dispositivo (para integrar máscaras, filtros, avatares e efeitos, por exemplo), das configurações do rolo da câmera ou dos recursos habilitados para voz. 

– As mensagens enviadas e recebidas, incluindo o conteúdo, sujeitas às leis aplicáveis. “Não podemos ver o conteúdo de mensagens criptografadas de ponta a ponta, a menos que os usuários as denunciem para análise”, diz a Meta. 

– Os metadados (informações associadas ao registro) sobre conteúdo e mensagens. Ao tirar uma foto, por exemplo, a data e a localização do local são salvas como metadados.

– Os tipos de conteúdo que a pessoa vê ou com que interage e o modo como faz isso. Anúncios também. 

– Os aplicativos e recursos usados e quais ações a pessoa realiza neles. 

– As compras ou outras transações financeiras. 

– Hashtags usadas. 

– O horário, a frequência e a duração das atividades dentro dos produtos da Meta.

WhatsApp pode coletar: 

– Dados pessoais como nomes e número de telefone. 

– Modelo do aparelho utilizado (como celular da marca X com o sistema operacional Y). 

– Número de IP (espécie de endereço virtual do dispositivo que acessa a internet).

– Dados de transações e pagamentos.

– Localização. 

– Informações de como você interage com outras pessoas durante o uso do app.

– Informações sobre “visto por último”.


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